Presidenciáveis participam de congresso em SC e expõem propostas de governo. Reformas, pacto federativo, desemprego, educação e saúde foram temas abordados no encontro

Sete pré-candidatos ao Planalto participaram nessa quarta-feira (13) de um painel para expor suas visões sobre o Brasil de temas como reformas, pacto federativo, desemprego, educação e saúde. As palestras ocorreram durante o Congresso de Prefeitos da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), em Florianópolis.
Pré-candidato pelo PDT, Ciro Gomes falou a uma plateia composta por prefeitos do Rio Grande do Sul. O ex-ministro afirmou que “o Brasil não está crescendo” e argumentou que todos os presidenciáveis que citam a necessidade de investimento em saúde, educação, saneamento e segurança, devem dizer de “onde vão vir os recursos para realizar as ações”. Ciro também citou que o Brasil precisar acabar com o endividamento sem prejudicar parte da população.
“O Brasil vai precisar entrar num duro esforço de diminuir despesas e aumentar receitas. Esse duro esforço de diminuir despesas não pode onerar as classes mais pobres. Claro que isso tem que ser colocado em perspectiva, mas tem aí uma frente de onde e como cortar despesas.”
O pré-candidato pelo MDB, Henrique Meirelles, disse em sua fala que “se a economia não vai bem, não há saúde, educação e combate à insegurança”. O ex-ministro da Fazenda do governo Temer sugeriu que reformas devem ser as primeiras medidas do próximo presidente para a retomada do país.
“A prioridade do próximo presidente, portanto, deverá ser o avanço das reformas fundamentais, especial a da Previdência, para que haja margem para ampliar as margens em um novo Pacto Federativo”.
Flávio Rocha é empresário e concorre à presidência pela primeira vez pelo PRB. Ele afirmou que Brasília, se referindo ao governo, está cada vez mais distante da vida das pessoas e que o “entrave no crescimento” é uma “asfixia burocrática”. Ele ainda argumentou que todos devem ser “guardiões da competitividade”. Ao falar que os investimentos são fundamentais para a retomada econômica, defendeu mudanças no sistema tributário.
“É necessária uma reforma tributária que devolva aos municípios a sua capacidade de investir. E, no nosso programa de governo, está não uma reforma tributária, mas uma verdadeira revolução municipalista através da minha bandeira de imposto único”.
Quem também participou do encontro foi Geraldo Alckmin, presidenciável pelo PSDB. O tucano defendeu ações para gerar emprego e renda, além de medidas para educação, com foco no ensino básico e profissionalizante. Sobre o tema segurança, propõe metas e objetivos para maior participação dos gestores municipais. Quando questionado sobre saúde, Alckmin afirmou que a área precisa de melhorias, mas que deve-se saber balancear com outros serviços importantes à população.
“Claro que precisa melhorar a gestão na saúde, mas precisa ter mais dinheiro. Governar é escolher. O dinheiro nunca vai dar para tudo, então tem que colocar mais recursos naquilo que a população mais necessita.”
João Amoêdo, pré-candidato pelo Novo, apresentou argumentos para equilíbrio nas contas e redução de privilégios, incluindo a reforma previdenciária. Na parte tributária, argumentou que a consolidação de tributos em um único imposto, que incidiria sobre bens e serviços, daria o maior retorno aos municípios.
“É fundamental um novo pacto federativo, devolvendo poder para os estados e municípios e reduzindo o poder do governo central. Nessa linha de descentralizar também, na nossa avaliação, não faz sentido. O Estado que tem pouca capacidade gerencial, administrar posto de gasolina, instituições financeiras e Correios, por exemplo.”
O pré-candidato do Solidariedade, Aldo Rebelo, afirmou que sua pré-campanha tem como um dos principais focos reforçar o municipalismo. Defendeu que a autoridade do prefeito dentro do município tem que se reverter também em políticas públicas.
“Quando o país não cresce, não tem dinheiro para nada, não gera tributo, não tem orçamento, não tem emprego. O Brasil vive em uma crise grave. Se o Brasil voltar a crescer, ele volta a gerar tributos, a ter empregos.”
Além do evento, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin também aproveitaram a passada no Sul do país para ampliarem a agenda para a pré-campanha local.

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