Prefeitura não conseguirá recuperar total investido no Banco BVA, diz presidente do MANAUSPREV

14/03/13 – O prefeito da capital, Arthur Virgílio Neto (PSDB), anunciou que vai recorrer à Justiça para tentar recuperar R$ 30 milhões do MANAUSPREV, investidos no Banco BVA, que está sob intervenção do Banco Central.

O retorno do MANAUSPREV – órgão responsável pela garantia de benefícios previdenciários aos segurados e dependentes do sistema de previdência municipal – foi de apenas 0,2% e o prefeito quer o dinheiro aplicado de volta para os cofres do município.

Nesta quinta-feira (14), o presidente do MANAUSPREV, Édson Fernandes, explicou que a perda foi de mais de 90% do capital investido.

“Foram aplicados R$ 30 milhões. Ao longo do tempo de aplicação, nós já tínhamos R$ 33 milhões ‘e alguma coisa’, quando o BVA sofreu intervenção do Banco Central. Automaticamente, os fundos, os papéis do Banco caem,  automaticamente valor cai. É uma coisa de mercado, e, hoje – dados de fevereiro de 2013, nós temos um patrimônio de aproximadamente, R$ 2,1 milhões, ou seja, perdemos mais de R$ 31 milhões!”

Apesar de não acreditar que o Banco será liquidado e, sim, vendido, o presidente do MANUSPREV disse que o valor total do dinheiro investido não será recuperado.

“Caso o Banco venha efetivamente a ser liquidado – coisa que é um ‘feeling’ resultado de conversas com pessoas do mercado, acompanhando informações. Particularmente, creio que o Banco não será liquidado e, sim, vendido. Há um comprador, um empresário que, inclusive tem dinheiro investido no Banco, está em negociações para comprar, mas, mesmo com a venda, não vamos recuperar os R$ 33 milhões. Acredito que possamos recuperar algo em torno de 60%/70% desses R$ 33 milhões.”

Apesar dos problemas, o presidente do MANAUSPREV tranqüilizou os aposentados e pensionistas, em relação aos seus benefícios.

“O cálculo atuarial deste ano já foi finalizado, o Fundo Previdenciário ainda possui superávit, então não há riscos de deixar de pagar os benefícios de aposentados e pensionistas.”

O BVA foi criado no Rio de Janeiro e, depois, radicado em São Paulo. Considerado um Banco minúsculo, até outro dia, no ano passado, o nome do Banco apareceu em operações irregulares de seu então único dono, o banqueiro José Augusto Ferraz Santos, e o crescimento relâmpago da instituição chamou atenção do Banco Central (BC), o que resultou na intervenção.

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