Preço da cesta básica em Manaus aumenta e alta chega a R$ 409,88

De acordo com a pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor da cesta básica em Manaus cresceu em outubro deste ano, em relação ao mês de setembro, atingindo o preço de R$ 409,88.

Com o crescimento, a capital do Amazonas agora ocupa a 14° colocação no ranking das cestas, dentre as 27 capitais onde é realizada a pesquisa. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (7).

A cesta básica é composta por 12 produtos, e sofreu alta de 2,10% em relação ao mês anterior, em que o conjunto de itens alimentícios essenciais custava R$ 401,44. Em outubro de 2015 a cesta básica custou R$ 337,42.

Oito produtos apresentaram alta, dois tiveram queda e dois se mantiveram estáveis no mês  analisado, influenciando o custo total.

“Houve alta bastante significativa. Quatro produtos foram bem remarcados”, disse Inaldo Seixas Cruz, economista e supervisor Técnico do Diesse no Amazonas.

O feijão (9,45%) foi o produto que apresentou maior alta no mês seguido do óleo (7,08%), do açúcar (5,74%), do tomate (4,61%), do café (3,65%), da manteiga (3,08%), do arroz (2,35%) e do leite (1,79%). A carne (-1,23%) foi o produto que apresentou maior queda no mês seguido da farinha (-0,39%). A banana (0,0%) e o pão (0,0%) não apresentaram variação.

O Dieese apontou ainda o tempo de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta básica em Manaus. Em outubro o tempo foi de 102 horas 28 minutos, maior do que a jornada calculada para setembro, de 100 horas e 22 minutos.

O custo da cesta básica para o sustento de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto) foi de R$ 1.229,64 durante o mês de outubro. Esse valor equivale a aproximadamente 1,4 vezes o salário mínimo bruto, fixado pelo governo federal em R$ 880,00. No mês anterior, o custo da cesta básica para esta mesma família era maior e foi de R$ 1.204,32.

QUEDA NACIONAL

O custo da cesta básica está menor em 14 das 27 capitais brasileiras. Entre as cidades que tiveram quedas mais expressivas estão Brasília (-5,44%), Teresina (-1,77%), Palmas (-1,76%) e Salvador (-1,66%). Houve alta em 13 capitais, sendo Florianópolis (5,85%), Vitória (3,19%), Porto Velho (2,18%) e Maceió (2,12%) os destaques. As informações são da Agência Brasil.

De acordo com a pesquisa do Dieese, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 478,07), seguida de Florianópolis (R$ 475,32) e São Paulo (R$ 469,55). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 366,90) e Recife (R$ 373,66).

Entre janeiro e outubro deste ano, todas as cidades acumularam alta, sendo as mais relevantes em Maceió (24,25%), Aracaju (23,69%), Rio Branco (21,99%) e Fortaleza (21,21%). Os menores aumentos ocorreram em Brasília (9,58%), Curitiba (10,52%) e Macapá (10,99%).

Entre os tipos de alimento, houve alta no preço da carne bovina de primeira, da manteiga, do açúcar, do tomate e do café em pó. O feijão e o leite tiveram o valor reduzido na maior parte das cidades.

Segundo o estudo, o salário mínimo ideal para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro deveria ser R$ 4.016,27, ou 4,56 vezes o mínimo vigente de R$ 880. Em setembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 4.013,08.

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