Polo Industrial deixa de contratar 10 mil por falta de mão de obra qualificada, afirma SRT

Com informações de Andréa Renda

03/06/13 – O aprimoramento cada vez maior da tecnologia, as exigências das leis trabalhistas e do próprio mercado econômico levam as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) a selecionar cada vez mais pessoal especializado. O assunto foi discutido na semana passada, durante visita do Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, a Manaus. Para o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, no Estado do amazonas, Dermilson Chagas, esses são os principais motivos da não ocupação de cerca de 10 mil vagas, no PIM, atualmente.

“A demanda é muito grande, tanto na atividade meio, que é a parte administrativa, como também os cursos de grau de nível superior, que se exige que a pessoa tenha experiência, que saia da universidade   com conhecimento para poder dar continuidade ao serviço que tem de ser prestado.”, afirma Dermilson

As áreas de engenharia, eletroeletrônica, ferramentaria industrial, construção civil, além de administração, contador, planejamento e petróleo e gás estão entre as muitas que apresentam déficit de profissionais qualificados. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricas, Eletroeletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Wilson Périco, Governo e universidades poderiam formar parcerias para formar profissionais conforme a necessidade das indústrias.

“O que estamos propondo é que tenhamos, dentro das entidades de ensino, grades curriculares que permitam a essas pessoas do nosso Estado, atingirem , absorverem o aprendizado, e terem a qualificação necessária, para poderem atender a essas demandas dessas vagas que ainda não são possíveis.”

Ele alerta também que a mão de obra qualificada será cada vez mais necessária, considerando os investimentos no Governo do Estado. “O governo vai executar um pacote de obras de mais de R$ 6 bilhões, no Interior do Estado e a própria Universidade do Estado do Amazonas (UEA), vai injetar muito dinheiro na economia e contratar mão-de-obra.”

Segundo o Superintendente Dermilson Chagas, aproximadamente R$ 12 milhões seriam necessários para investimentos emergenciais em capacitação de mão de obra para o PIM.

Atualmente, de acordo com os últimos indicativos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o PIM emprega um contingente de 116.182 trabalhadores.

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