População reclama do estado de abandono e de furtos no cemitério-parque de Manaus

Manaus – Quadra 34 do Cemitério Parque Tarumã, onde estão enterrados os dententos mortos na rebelião do Complexo Penitenciário Anísio Jobim. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Está cada dia mais difícil visitar os entes queridos, no cemitério Nossa Senhora Aparecida, mais conhecido como cemitério-parque Tarumã, na zona Oeste de Manaus. A reclamação é dos frequentadores. Segundo eles, sem a manutenção adequada,  o local está sendo invadido pelo mato. Todas as quadras estão nessa situação. O um senhor, que preferiu não se identificar, foi visitar o túmulo da mãe e pediu criticou o abandono do local.

“É uma vergonha vir aqui, no cemitério-parque-Tarumã e ver a situação que tá aí, olha o matagal aí, essas coisas cortam a perna da gente – eu vim visitar a sepultura da minha mãe aqui, e tá aí tudo abandonado!”  .”

Ele ressalta que, andar no meio do mato, sem proteção, machuca.

“Olha como é que tá aí a sepultura – quadra 40, aqui – min ha perna toda ferida, aqui.”

Aurineide Lima Taveira lamenta a situação de abandono do cemitério-parque. Ela afirma que, para encontrar a sepultura de um parente, “está muito ruim!”

“Fica até difícil o acesso pra gente visualizar e entrar aqui, ó. Todo mundo, os matos cortam as pernas da gente! É bem complicado!”

Ele diz que a própria família tenta manter o local, se não, estaria bem pior.

“A gente em vindo aqui pra limpar, pra fazer o serviço e, assim, a gente vê muitas famílias fazendo o serviço que é pra Prefeitura fazer .”

Alzenê Lima reclama dos furtos. Segundo ela, ninguém pode deixar nada nas sepulturas, que sempre é furtado.

“A gente trouxe, na véspera dos finados, no Dia dos Finados, quando o meu irmão veio aqui já não ‘tava’ mais, as grinaldas, as flores que a gente bota aqui. Quando a gente vem, some. Ninguém sabe, ninguém viu. Levam tudo!”

O cemitério-parque Tarumã tem 71 quadras e recebe até 20 sepultamentos por dia, em média. Segundo levantamento de 2018, mais de 115 mil pessoas estão sepultadas no local.

Prefeitura

A assessoria da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Semulsp) informou à Rede Tiradentes que o todo os anos, a Semulsp realiza até 3 mutirões de limpeza nos cemitérios administrados pela prefeitura.

Além disso, segundo a assessoria, capinações periódicas são feitas de três em três meses.
Este mês, informa a assessoria, desde o dia 1° , a Semulsp está fazendo capinação e jardinagem no local. Em janeiro, a Semulsp limpou os cemitérios São João Batista, Santo Alberto, São Francisco e Santa Helena.
Conforme a assessoria, as fotos são dessa segunda-feira (4/2), referentes à capina nas quadras e implantação de novos jardins.

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