Pesquisa revela que tucumã, pupunha e o buriti deixam a pele mais jovem

Frutas que fazem parte do dia a dia dos amazonenses, como o buriti, tucumã e pupunha, além de raízes como a mandioca, são matérias primas naturais para a manutenção de uma pele jovem e saudável. Pesquisa realizada com recursos do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) com iguarias amazônicas levou ao isolamento de leveduras de onde se obtém carotenoides com ação antioxidante, que serão aplicados em fórmulas de fármacos e cosméticos com este fim.

tucuma

Um dos compostos mais usados como base das fórmulas – os carotenoides fazem parte de pigmentos de plantas e microrganismos muito utilizados pela indústria farmacêutica devido a sua atividade pró-vitamínica A e propriedades que resultam em possíveis funções benéficas à saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico e a diminuição do risco de doenças degenerativas, tais como o câncer, doenças cardiovasculares e a catarata.

A pesquisadora do programa RH Doutorado da Fapeam, mestre em Biotecnologia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e doutoranda em Biotecnologia Industrial pela Universidade de São Paulo (USP), Daiana Torres, é a responsável pelo projeto de pesquisa.

“O projeto visa selecionar leveduras capazes de produzir carotenoides que possam ser utilizados como colorantes e que possuam, ainda, ação antioxidante e/ou atividade provitamina A e, portanto, com vasta aplicação nos setores alimentícios e farmacêuticos”, disse Daiana Torres.

O resultado final é a fabricação desse produto e a sua comercialização.  “Sempre que se trabalha em um processo biotecnológico, pensa-se em patentear o produto obtido. Assim, se ao final do projeto forem obtidos carotenoides com alto rendimento e atividade antioxidante, e a produção dos mesmos se mostrar viável como se imagina, é provável que tenhamos um produto a ser comercializado”, disse Torres.

O projeto

As leveduras são fungos formados por apenas uma célula. Isolar as leveduras significa cultivá-las fora do seu ambiente natural, ou seja, em meio de crescimento sintético que simula o ambiente natural. Assim, as leveduras utilizadas nessa pesquisa serão cultivadas em placas de Petri (vidraria de laboratórios) e depois de cultivadas, serão identificadas por espécie e então armazenadas para produção dos carotenoides.

O projeto é desenvolvido em parceria com o Laboratório de Micologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), com colaboração do pesquisador João de Souza, um dos orientadores do Mestrado em Biotecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Fonte: Fapeam

 

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