Salvador, cidade conhecida por suas animadas festas carnavalescas, ganhou, também, o status de capital da traição conjugal. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), concluiu que 45,8% da população entre homens e mulheres admitiram infidelidade em seus relacionamentos.
Nesse caso, os homens são maioria: 50,5% deles já disseram ter traído, ante 30,2% das mulheres.
O estudo faz parte do projeto Mosaico 2.0, do Projeto Sexualidade (ProSex), e ouviu cerca de 3 mil pessoas entre 18 e 70 anos de sete grandes cidades brasileiras: São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Belém, Porto Alegre e Brasília.
Infidelidade na Bahia
De acordo com a pesquisa, as pessoas na faixa etária entre 41 e 50 anos são as que mais admitem já ter traído o parceiro (ou parceira). Entre eles, há uma parcela que se diz poligâmica, ou seja, não tem nenhum tipo de ‘exclusividade’ com seu parceiro (3,4% dos homens e 2,6% das mulheres).
A coordenadora do ProSex, Carmita Abdo, disse que esses números sobre a infidelidade não são surpreendentes, já que na cultura latina é comum que casos extraconjugais não coloquem em risco alguns relacionamentos.
“O baiano tem uma forma mais livre de pensar sobre esse aspecto, mais descontraída. O clima da Bahia, a proximidade da praia e uma série de outros elementos vão levar a um contato físico menos reprimido”, disse Carmita. “Tudo isso leva a uma maior valorização do sexo e também a uma maior liberdade em atividades sexuais”.
Sexo é importante
A cidade com o menor índice de traição, segundo a pesquisa, é São Paulo. O percentual de infiéis chega a 33,8%.
Além disso, a pesquisa constatou que os brasileiros costumam fazer sexo entre duas e três vezes por semana. Para 95,3% dos entrevistados, o sexo é imprescindível ou, pelo menos, muito importante para manter uma relação.