Peritos aproveitam presença de ministra Cármen Lúcia em Manaus e protestam por melhores condições de trabalho e valorização da categoria

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A manifestação ocorreu em frente ao Tribunal de Justiça do Amazonas, na avenida André Araújo. Os peritos pedem a inclusão imediata da classe dos peritos Oficiais na Lei de reestruturação remuneratória da carreira da Polícia Civil, nos moldes do Processo Judicial movido pela Associação de Peritos Oficiais do Amazonas, dentre outras reivindicações, como destaca o presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais (Sinpoeam), Ilton Soares.

Segundo o Sindicato dos Peritos Oficiais, atualmente, no Amazonas, existem 170 peritos, quando o certo seria ter ao menos 500 profissionais, como recomenda a Organização das Nações Unidas (ONU)./

O perito legista do Instituto Médico Legal (IML), Cleverson Redivo, disse que o trabalho de identificação dos corpos das vítimas do massacre nas unidades prisionais de Manaus está sendo feito de forma precária.

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Ainda como forma de protesto, alguns peritos se algemaram uns aos outros. A intenção foi mostrar a dificuldade que eles enfrentam para desempenhar os trabalhos no IML. Os peritos prometem fazer uma nova manifestação nesta sexta-feira, em frente ao IML.

O vice-presidente ressaltou, ainda, a precariedade da estrutura e a falta de material de trabalho, como luvas e gaze. Segundo ele, “falta até o básico, que são os reagentes. Quando tem uma grande catástrofe aparece de tudo, mas, no nosso dia a dia, o governo deixa faltar”. O sindicalista ressaltou que os peritos tiveram de protelar o trabalho nos demais corpos, para poder concentrar o atendimento das vítimas do massacre do último final de semana.

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André Segundo disse ainda que, atualmente, no Estado, existem 170 peritos, porém, ele ressaltou que a Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou que no Amazonas o contingente ideal de peritos fosse de 500 profissionais.

O médico legista do IML, Cleverson Redivo, afirmou que, no domingo (1), não havia luvas, gazes e os peritos tiveram que requisitar material dos hospitais para a identificação dos corpos. Redivo ressaltou que as necropsias já foram concluídas, mas os profissionais do IML estão com dificuldade nas identificações dos corpos. “Falta um sistema informatizado de identificação. Não há um cadastro de identificação dos presos, eles estão sendo reconhecidos por foto e reconhecimento não é o mesmo que identificação”, disse.

Pela manhã, alguns representantes da categoria conseguiram ser atendidos pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lucia. Eles pediram que ela reconheça a importância da perícia para a Justiça.

Os peritos pretendem paralisar os trabalhos novamente amanhã, em frente ao IML.

Você também acompanha a reportagem de Samara Souza no telejornal Notícias da Hora, que começa pontualmente às 18h, na TV Tiradentes.

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