Parintins: vigilância Sanitária já apreendeu mais de meia tonelada de carne clandestina. Em Manaus, PROCON apreendeu 80 kg, nesta quarta

Poucos dias após a operação Carne Fraca da Polícia Federal, que revelou um suposto esquema de corrupção na venda de carnes adulteradas sem fiscalização, proprietários de açougues de Parintins ainda não se conscientizaram da gravidade que é repassar para o consumidor carne comprometida e que não passou pelo serviço de inspeção. Fiscais da Vigilância Sanitária e Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) apreenderam, na manhã desta quarta-feira (22) 482 quilos de carne clandestina, que seriam comercializados em um açougue localizado na Rua Vicente Reis e mais 43 quilos que chegaram ao Mercado “Mundico Barbosa”, totalizando 525 quilos.

Os fiscais confirmaram à procedência da carne, quando parte dela chegou ao mercado municipal em um triciclo, condução totalmente inadequada para o transporte do produto. O coordenador de Feiras e Mercados, Augusto Gustão, acionou a coordenadora da Vigilância Sanitária, médica veterinária Cláudia Ramos, que constatou que a carne imprópria para o consumo chegou até o açougue que já estava comercializando para outros revendedores e magarefes.

Durante a apreensão, o proprietário confirmou o abate clandestino de quatro animais. Segundo ele, durante a pesagem do gado, oito reses ingeriram uma planta tóxica – a “gibata” -, que causa envenenamento e morte dos animais. Quatro deles tiveram de ser abatidos e os outros quatro foram descartados no local. O abate foi feito ainda na balsa onde os animais estavam sendo transportados. “De forma nenhuma a carne com material tóxico poderia ser comercializada para a população”, informou Cláudia Ramos.  O animal que ingere a “gibata” começa a sentir os sintomas de intoxicações de 6 a 24 após sua ingestão, apresentam instabilidade, tremores musculares, queda, movimentos de pedalagem, mugidos e morte.

De acordo com a Vigilância, a carne apreendida estava avaliada em R$ 5 mil, porém o proprietário alegou prejuízo de R$14 mil. Cláudia Ramos disse que, há dois dias, vinha recebendo denúncias sobre o abate clandestino e informou que a fiscalização vai continuar rigorosa para impedir que carne que não passa pelo Matadouro seja vendida à população.

Apreensão também em Manaus

Também nesta quarta-feira, dois estabelecimentos comerciais, localizados na zona Leste de Manaus, foram autuados e multados em 51 Unidades Fiscais Municipais (UFMs), por venda de alimentos impróprios para o consumo. Foi durante fiscalização da Ouvidoria e Proteção ao Consumidor, Procon Manaus, que foi acionada por meio de denúncias recebidas pelo telefone 0800  092 0111.

Na ação, foram apreendidos aproximadamente 80 kg de carnes tipo dianteiro, coxão mole, charque, além de 30 cartelas de ovos, todos os produtos não apresentavam data de validação.

De acordo com  a Lei Federal 8.078/1990 – Código de Defesa do Consumidor – em seu artigo 31, “a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.

Em caso de dúvidas ou denúncias, o consumidor poderá dirigir-se a sede da Ouvidoria e Proteção ao Consumidor (Procon Manaus), localizada na rua Afonso Pena, n. 38 – Centro ou ligar 0800 092 0111.

 

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