Para Cármen Lúcia, situação em Manaus é “grave e vai explodir”. Ministra visita a capital nesta quinta

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, demonstrou, segundo auxiliares, preocupação com a situação carcerária de Manaus (AM) e afirmou que a situação “é grave e vai explodir”.

A ministra viaja a Manaus na quinta-feira para se reunir com os presidentes dos Tribunais de Justiça da região Norte do país para tratar do conflito entre facções criminosas rivais que resultou na morte de 56 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).

Também podem ser convidados para a reunião os presidentes dos TJs do Maranhão e do Rio Grande do Norte, onde a facão criminosa Família do Norte, ligada ao Comando Vermelho, também atua.

Na quarta-feira, a ministra vai se reunir com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para também tratar do conflito entre facções criminosas em Manaus.

A ministra, que também é presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), se reuniu nesta terça com o secretário-geral do CNJ, Júlio Ferreira de Andrade, e com assessores. Também cabe ao CNJ fiscalizar o sistema prisional.

No fim do ano passado, a ministra pediu que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o CNJ e o Exército reunissem esforços para realizar um levantamento preciso da população carcerária no Brasil. A avaliação é de que o levantamento atual, realizado pelo ministério da Justiça, é “inconsistente”.

Desde que assumiu a presidência do Supremo, Cármen Lúcia já realizou inspeções a unidades prisionais no Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

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