Pacientes renais querem maior agilidade na liberação dos exames e internação após transplante

Com informações de Dora Tupinambá

11/03/13 – Os pacientes renais do Amazonas querem maior agilidade na liberação dos exames e internação após o transplante. Foram essas as principais cobranças feitas por pacientes renais, durante a audiência pública realizada nesta segunda-feira (11), na Assembléia Legislativa do Amazonas (ALE-Am), para tratar sobre avanços e desafios na assistência à saúde dos pacientes renais crônicos no Amazonas.

De acordo com o presidente da Associação dos Renais Crônicos do Amazonas, Leôncio Teixeira, atualmente há pacientes que levam meses na maratona de exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, quando concluem todos os exames, os primeiros realizados, já venceram.

De acordo com Leôncio Teixeira, há exames que, pelo SUS, levam entre três e quatro meses para sair o laudo, enquanto que se for feito particular fica pronto em até 15 dias.

Em relação à internação, Leôncio Teixeira afirma que o ideal é que o transplantado possa ter um período de acompanhamento no hospital Santa Júlia, onde são realizados os transplantes, porque está havendo muita rejeição. Segundo ele, a maioria das pessoas que está fazendo transplante, está voltando para a máquina de hemodiálise. Alguns morreram.

De acordo com dados da Associação dos Renais Crônicos do Amazonas, entre 2011 e 2012, duzentas e quarenta e quatro pacientes morreram em decorrência de complicações renais. O vice-presidente da entidade, José Porfírio Bessa, disse que são muitas as dificuldades enfrentadas pelos pacientes e criticou a falta de apoio por parte do governo

Na opinião do deputado Luiz Castro (PPS), que propôs a audiência pública, o Amazonas tem registrado avanços pontuais no tratamento dos renais crônicos, entretanto, ele defende que é preciso que a Secretaria Estadual de Saúde (Susam)dê mais apoio à Coordenadoria de Transplantes, inclusive ampliando o atendimento para os hospitais públicos como o Adriano Jorge.

A coordenadora estadual de Transplante da Susam, Leny Passos, que participou da audiência, fez um balanço positivo da situação em relação aos transplantes de rins em pacientes amazonenses.

Leny Passos reconheceu que a demora na entrega dos laudos dos exames acontece, mas segundo ela, está é uma situação nacional, uma vez que os exames são controlados pelo sistema de regulação. Leny Passos anunciou a implantação, pela Susam, de um projeto que Vai permitir que os exames para o transplante de rins possam ser realizados em vários laboratórios.

Dados da Susam apontam que existem hoje, no Amazonas, 319 pessoas na lista de espera para transplante de rins. Aproximadamente mil e cem pessoas se submetem à hemodiálise nas unidades de saúde especializadas de Manaus, toda semana. A maioria não têm condições de arcar com os custos de transporte e, muitas delas, estão com a saúde extremamente debilitada, o que dificulta a locomoção entre a residência e o local do tratamento.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *