Pacientes leucêmicos e familiares denunciam negligência médica e falha no tratamento, no Hemoam

21/01/13 – Nos últimos três meses, cerca de 10 pessoas com leucemia, internadas na Fundação de Hemoterapia e Hematologia do Amazonas -Hemoam morreram, após iniciar tratamento na unidade. A denúncia é de famílias das vitimas, que conviveram com os pacientes no local.

Um funcionário público municipal, que prefere manter o nome em sigilo, perdeu a esposa, de 32 anos, no último dia sete, após uma parada cardíaca. Segundo ele, a morte da dona de casa é resultado de um conjunto de negligências médicas cometido pelos médicos da unidade, entre eles o infectologista Rodrigo Leitão e Bárbara Silva, que deram alta à paciente antes do prazo devido.

O marido da vima disse, ainda, que o tratamento realizado no Hemoam é falho, porque a quimioterapia utilizada para combater a leucemia compromete órgãos como coração, pulmão, além do estomago e cérebro, porém os médicos não pediram os exames que fazem parte do procedimento para identificar problemas no organismo dos pacientes durante o tratamento.

O pai de uma outra vítima, que também prefere não tr o nome revelado, disse que, durante os quatro meses em que a filha recebeu atendimento na fundação, poucas vezes foi visita pela médica responsável pelo tratamento, pois esta viajou várias vezes para congressos em outras cidades do país.

A família ainda chegou a pedir a transferência da paciente para SP, onde poderia fazer cirurgia de transplante de medula, já que a Irmã da vitima era doadora compatível, mas segundo o  pai, os médicos demoraram a dar a autorização, e ela morreu aos 38 anos, em novembro.

O diretor do Hemoam, Nelson Fraiji, nega as denúncias e disse que, na unidade, os profissionais são avaliados diariamente. Fraiji se comprometeu, porém, a avaliar os dois casos.

O diretor disse, ainda, que a leucemia é uma doença com grande incidência de morte, em todo mundo devido, à agressividade do tratamento com quimioterapia.

O  secretário de Estado saúde, Wilson Alecrim, disse que vai verificar a partir das denúncias feitas pelos familiares, se há ou não falhas dos médicos ou no próprio tipo de  tratamento dado aos pacientes com leucemia, na unidade. Segundo Alecrim, o percentual de cura da leucemia no Amazonas chega  80%.

Ainda segundo o secretário, até 2014, o Estado entrega à população o Hospital do Sangue, ainda em processo de licitação para escolher a empresa que será responsável pela obra. A unidade será referência em tratamento de doenças do sangue na Região.

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