Falta de remédios na Fundação Cecom obriga pacientes a interromper o tratamento contra o câncer

Rosicler Araújo Melo de 75 anos está se recuperando de uma mastectomia que é a retirada do seio direito por causa de um câncer. O tratamento dela com o medicamento Anasttolibs, que tem como princípio ativo o Anastrozol de 1 miligrama, iria até agosto de 2018. Mas teve que ser suspenso, já em fevereiro, por conta da falta de medicamento no maior hospital de referência da doença na região: a Fundação Centro de Controle do Oncologia do Estado do Amazonas (Fundação Cecom).

A idosa afirma que teve a má notícia ao tentar pegar o remédio. “O Dr. passou a receita, eu fui buscar no dia 2 de fevereiro, quando eu cheguei disseram que não tem o remédio e não tem nem previsão pra quando vai chegar. Foi isso que me disseram lá na farmácia.”

Mas o problema não é uma exclusividade de dona Rosicler, nossa personagem. Outros pacientes que estão em tratamento contra o câncer estão sem receber o medicamento na fundação Cecon. Se não administrado corretamente, pode acelerar o processo da doença.

Dona Rosicler disse que, como ela, milhares de pessoas procuram os remédios receitados pelos médicos. “Nem nas farmácias tem. Nunca faltou esse remédio. Nunca! Nunca! Todo mês eu ia lá e recebia e, agora, eu estou com sete receitas. Era até pra eu ter tirado agora. Tá até carimbado aqui: dois de dois de 2018.”

A assessoria de imprensa da Fundação Cecon informou que o medicamento Anasttolibs está em falta, mas fez solicitação de outro fornecedor. O estoque deve ser normalizado após o feriado do carnaval.

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