De acordo com o superintendente regional substituto da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Richard Murad Macedo, a Operação “Pater Criminis” cumpriu 3 mandados de prisão, 3 de busca e apreensão, 3 mandados de condução coercitiva, nas cidades de Manaus e Goiânia, além do encaminhamento de outras 4 pessoas à sede da Superintendência Regional da PF, no bairro Dom Pedro, zona Oeste da capital, para esclarecimentos.

A delegada responsável pela operação, chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários, Jeanie Tufureti, disse que durante as investigações, foi constatado que o grupo criminoso atuava no Presídio do Puraquequara, em Manaus, recrutando detentos a participar de fraudes para obtenção do auxílio-reclusão.

De acordo com a delegada, os criminosos requeriam o benefício de auxílio-reclusão com o objetivo de receber o período atrasado, que, em alguns casos, chegavam ao montante de quase 200 mil reais, valor que seria dividido entre o instituidor do benefício e os agenciadores que cooptavam os presidiários.

O Chefe da Assessoria Estratégica da Previdência Social, Marcelo Ávila, afirmou que, por enquanto, não foi identificado o envolvimento de nenhum servidor da previdência no esquema. Ele falou qual é o real o objetivo do auxilio reclusão.

A PF estima que, em dois anos de atuação da organização criminosa, o rombo da previdência por meio do auxilio reclusão tenha sido superior a R$ 3 milhões.

Ainda, segundo a PF, durante as investigações, foi constatado que um dos investigados tem antecedentes e até mesmo condenação penal por diversos crimes de estelionato previdenciário. As investigações continuam, para identificar outros envolvidos.

A expressão em latim “Pater Criminis” significa “Pai do Crime”.

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