OMS diz que sarampo está oficialmente erradicado no Brasil

O sarampo está eliminado no Brasil. O anúncio foi feito durante visita ao Brasil da presidente da Comissão Nacional de Especialistas para a Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), Merceline Dahl-Regis. O último caso relatado no país foi no Ceará, em julho de 2015.

A expectativa agora é que, até o final de 2016, o Brasil receba o certificado de eliminação do sarampo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – e com isso ficará reconhecida a eliminação da transmissão da doença em todo o continente americano, a primeira região do mundo a registrar o feito. A erradicação de outras doenças como a rubéola e a síndrome da rubéola congênita já tinham sido reportadas em 2015.

Campanha contra sarampo será prorrogada até dia 22 (Foto: De Jesus/O Estado)

Desde a implantação do Plano de Eliminação do Sarampo, em 2000, a doença apresentou baixa morbimortalidade. No ano 2000 foram confirmados os últimos surtos de origem nacional nos estados do Acre e Mato Grosso do Sul. A partir de 2001 ocorreram casos importados, mas sem grande magnitude e controlados pelas ações de prevenção e controle.

Não há tratamento específico para o sarampo, e a maior parte dos pacientes se recupera em até três semanas. Em em crianças desnutridas e pessoas com imunidade deficiente, a doença pode matar ou causar pneumonia, encefalite, cegueira e morte.

Transmitida por fluidos nasais e orais, o sarampo se espalha facilmente pelo ar, por gotículas expelidas em tosses e espirros. A doença manifesta-se cerca de dez dias após a contaminação, e causa febre, coriza, olhos avermelhados e manchas brancas dentro da boca. Pintas vermelhas aparecem alguns dias depois na pele, iniciando na face e no pescoço, espalhando-se para o corpo.

Sarampo no mundo
Em 2015, a OMS anunciou que a cobertura mundial de vacinação de crianças contra sarampo avançou nos últimos 15 anos, mas está aquém da meta de chegar aos 90% de cobertura. Entre as áreas onde a cobertura de vacinação é mais deficiente estão a África subsaariana, o Sudeste asiático e Ásia Central, segundo dados de abril a setembro.

Recentemente, ao divulgar recomendações para viajantes que pretendem vir ao Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Opas/OMS lembrou da importância de os turistas e atletas se vacinarem contra sarampo e rubéola pelo menos duas semanas antes de viajar para não trazer esses vírus de volta ao Brasil.

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