Ocorrência policial termina em morte de adolescente na Minivila Olímpica do Santo Antônio e SSP-AM determina apuração rigorosa

Uma perseguição policial em área da Minivila Olímpica do Santo Antônio, zona Oeste de Manaus, terminou com a morte de uma pessoa, na tarde dessa quinta-feira (25/10).

De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Manaus, que administra a Minivila, uma equipe da Polícia Militar foi recebida a tiros por infratores e, na perseguição, um dos envolvidos foi baleado após pular o muro.

De acordo com a Prefeitura, os militares socorreram o atingido, que ara um adolescente, e o levaram ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do São Raimundo, mas o rapaz não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.

A Prefeitura de Manaus informou, ainda, que tem solicitado reforço dos órgãos competentes para garantir a segurança de quem utiliza o espaço público esportivo.

 

SSP determina apuração rigorosa

O secretário da segurança pública do Amazonas, coronel da Polícia Militar Amadeu Soares, determinou apuração célere e rigorosa sobre as circunstâncias da morte do adolescente Hering da Silva Oliveira, de 16 anos, baleado na tarde desta quinta-feira (25/10), durante uma ocorrência na minivila Olímpica do bairro Santo Antônio.

A assessoria de imprensa da SSP-AM explicou que policiais da 5ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) foram acionados por uma denúncia anônima sobre a presença de infratores armados no local. De acordo com os policiais, a guarnição foi recebida a tiros ao chegar na área. A versão é contestada por jovens que estavam no momento do fato. O adolescente baleado foi encaminhado ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do São Raimundo, no bairro de mesmo nome, na zona oeste mesmo, onde ele acabou morrendo. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil do Amazonas e outro pela Polícia Militar. O corpo do jovem será submetido à necrópsia e vai passar por exame residuográfico para identificar se havia pólvora nas suas mãos dele.

O coronel Amadeu Soares disse que o caso está sendo apurado. “A decisão mais sensata a ser tomada é aguardar os exames que foram requisitados para a perícia no corpo do adolescente. Esse detalhe vai ajudar a elucidar os fatos. Os outros adolescentes foram ouvidos e os policiais também. Mas a perícia será fundamental para chegar à verdade”, disse o secretário da segurança.

O oficial esteve, à noite, na sede do 5° Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Santo Antônio, que mais cedo tivera as vidraças destruídas durante manifestação de familiares do adolescente. Os policiais militares que atenderam a ocorrência e seis adolescentes que estavam no lugar já foram ouvidos. A arma de um dos policiais que estava na ocorrência e um revólver calibre 38, com projéteis deflagrados, e que estaria em posse do adolescente que morreu, também foram entregues para investigação. “Existe versão de que teriam ido para o local para fazer consumo (de drogas). Mas isso também não é definidor da questão da morte. Por isso, solicitamos ao Instituto de Criminalística e ao IML (Instituto Médico Legal) para fazer todos os exames periciais para uma apresentação isenta do que aconteceu”, acrescentou o coronel Amadeu.

As polícias – De acordo com o delegado geral Adjunto, Ivo Martins, as informações da polícia científica serão indispensáveis para esclarecer a dinâmica do fato. “Vamos buscar o subsídio técnico efetivo para definir imputações de responsabilidade. A situação ainda está muito no calor dos fatos. As próprias pessoas envolvidas apresentam informações contraditórias. Isso tudo precisa ser checado para definir a verdade mais próxima da realidade dos fatos”, disse o delegado.

O comandante Geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Cláudio Silva, disse que a apuração será minuciosa. “Vamos aguardar os procedimentos solicitados pela Polícia Civil. Não podemos falar nada em relação aos fatos enquanto não houver o resultado dos exames. Garantimos a isenção da apuração e com base na perícia tomaremos todas as medidas necessárias”, afirmou.

Policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) e da Companhia de Operações Especiais (Coe) foram para a área do 5° DIP fazer a controle situacional. O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) também foi acionado para apagar barricadas. Os policiais também fizeram incursões e saturações no bairro.

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