Instituto adverte que pode faltar feijão por causa do excesso de chuvas no Sul

Se “dez entre dez brasileiros preferem feijão”, para este ano, um dos carros-chefe do preço alto pode ser justamente o alimento básico na mesa dos brasileiros: uma previsão do Ibrafe Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe) de janeiro já alertava para um cenário de escassez do produto nas gôndolas.

A previsão é de que a oferta da leguminosa se estabilize a partir da próxima safra, entre abril e maio, mas pode não ser suficiente para suprir a demanda. “Talvez no segundo semestre tenhamos novo aumento de preços”, afirma Marcelo Lüders, presidente do Ibrafe.

O Brasil colhe três safras de feiião ao ano, mas o excesso de chuvas na região Sul causou uma diminuição na produção. No caso do feijão carioca, o mais consumido em São Paulo, o resultado foi aumento de 6,82% no preço em fevereiro, segundo o IBGE. O instituto estima alta de pelo menos 40%.

Entre fevereiro de 2015 e o mesmo mês de 2015, o preço do feijão-mulatinho subiu 40,48%, diz o IBGE.

O Ibrafe estima que o deficit atual seja de 8 milhões de sacas. “O Brasil poderia importar o feijão preto ou rajado, mas o governo cobra uma taxa de 10%”, diz Lüders.

Para a variedade carioca, favorita dos paulistas, a previsão é ainda mais desanimadora: como o Brasil é o único país a produzi-lo, não há o que fazer senão esperar a estabilização da cultura.

Fonte: Folha de São Paulo

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