Novo talento da música instrumental amazonense apresenta O Rugido, no Teatro Amazonas

O Teatro Amazonas recebe, no dia 18 de junho, às 19 horas, O Rugido, idealizado pelo mais novo talento da música instrumental local, Mateus Ribeiro. A apresentação foi contemplada pelo último edital da Secretaria de Cultura e Economia Criativa para uso de um dos maiores patrimônios culturais do estado. O show conta com produção de Rafaela Margarido, da Companhia Trilhares, e participação especial de músicos locais.

Segundo o artista, o show recebeu o nome emitido pelo leão porque representa seu grito de liberdade. “O Rugido será uma apresentação única, cem por cento autoral, da composição à liberdade de improvisação”, explica Mateus, que é músico há treze anos e professor na Casa Som Amazônia, espaço cultural localizado na Travessa Planalto, Parque 10.

Ele já se apresentou duas vezes na Casa Som Amazônia, com lotação máxima, mas o lançamento no Teatro Amazonas será pioneiro no gênero instrumental pela grandiosidade do espaço.

Mateus aponta que o objetivo principal do O Rugido é mostrar ao público que a música instrumental tem seu espaço e que pode fazer parte do dia a dia das pessoas, que poderão cantarolar suas melodias.

O Rugido traz influências de rock and roll, MPB e soul music e promete fazer o público se emocionar. “A música instrumental permite essa liberdade para misturar ritmos”, destacou a estrela do show.

Durante a apresentação, o público também poderá conferir o primeiro trabalho autoral de Mateus Ribeiro, o single O Reflexo, que foi criado há cinco anos. O single leva o selo Casa Som Amazônia e será lançado no início de junho.

“Foi uma composição que desenvolvi na faculdade, apresentei no meu recital de formatura e, de lá pra cá, ela já está completamente diferente e mais amadurecida”, disse o instrumentista.

São ao todo oito músicas, entre elas, Lamentos, Primavera Outono, e Toró. “Algumas delas surgiram no período da faculdade e outras são mais recentes, criei ainda durante a pandemia, como a Cidade do Sol, que fiz em 2021, quando fui à Fortaleza (CE), uma cidade que fez muito parte da minha infância”, comenta o instrumentista que está iniciando carreira solo.

O Rugido contará com Mateus na guitarra, Lucas Mesquita no piano, Maykon Garcia no contrabaixo, e Abner Pires na bateria. “Além disso, haverá três participações especiais, de músicos que eu acompanho: Matheus Santaella, Gabriel Fonseca, e Beatriz Procópio, que também estão lançando trabalhos no mesmo período”, adianta Ribeiro.

A apresentação também contará com a poesia da escritora e professora Jackeline Monteiro. Ribeiro explica que a ideia surgiu devido à música instrumental geralmente ser desprovida da voz e do canto, por isso, às vezes, durante os shows, o artista explicava as composições.

“Muitas vezes, o público pode não captar a mensagem da música, por isso a participação da Jackeline é essencial. Ela fez poemas em cima das minhas composições e, entre uma música e outra, ela recita”, avalia.

“E será um show com inclusão e acessibilidade, teremos a participação de bailarinas que vão traduzir para pessoas surdas, a música e a poesia por meio da dança”, acrescentou a produtora cultural Rafaela Margarido.

Os ingressos para O Rugido estarão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas a partir do dia 22 de maio. Os amantes de música instrumental poderão adquirir pelo valor de R$ 29,99. O show conta com patrocínio da Maricotas e TechSound.

Desde a infância

A paixão pela música surgiu ainda na infância, como conta Mateus Ribeiro, mas não foi assim, simplesmente do nada, o interesse teve um dedo de toda a família. “Meu bisavô paterno Alexandre Rodrigues foi violinista na orquestra, e o meu pai, Claudino, é apaixonado por rock, se você for em algum momento na minha casa, sempre tá tocando alguma música”, disse.

Aos 9 anos de idade, o músico ganhou de pai seu primeiro violão e, logo em seguida, vieram as aulas no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. Aos 12, Mateus ganhou uma guitarra da sua avó somente para lhe dar a certeza de qual caminho trilhar. “Me formei há um pouco mais de dois anos na Faculdade de Música Souza Lima, em São Paulo”, conta.

Hoje, Mateus é professor de violão, guitarra e ukulele na Casa Som Amazônia. Ele também faz parte da banda Jungle Peppers, que costuma tocar na noite manauara, e faz tributo à californiana Red Hot Chili Peppers. “Tenho uma música que o nome é Pimenta Malagueta, que traz um groove americano, inspirado na banda”, revela o instrumentista.

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