O novo superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), coronel Alfredo Menezes, pode tomar posse ainda nesta segunda-feira (18), em Manaus.

Na primeira entrevista dele à Rede Tiradentes, o coronel Alfredo Menezes, negou que tenha declarado que estaria pensando em promover uma espécie de “operação desmonte” da Suframa.

De acordo com o superintendente, ele chega com a missão de buscar meios de melhorar a qualidade e a produtividade e desenvolver o Pólo Industrial de Manaus, mas afirmou que também quer “participar das conversações sobre alternativas ao modelo” Zona Franca.

Retrucando que esteja assumindo o cargo sem o apoio da bancada federal, Alfredo Menezes disse que recebe a informação com uma certa “estranheza” e se manifestou preocupado com os comentários, já que foi nomeado pelo presidente e tem o apoio de Jair Bolsonaro.

Alfredo Menezes disse que, pelo menos até agora, tem recebido manifestações de apoio da classe política e não viu nem viu nenhuma declaração negativa a esse respeito.

“Com certeza, há forças contrárias, mas a palavra para este momento é respeito”, afirmou. “As pessoas têm de acalmar os ânimos!”

O superintendente afirmou que quer liberdade de trabalhar com o apoio da sociedade e das forças políticas do Estado em nome do desenvolvimento do Amazonas e pela Região.

Alfredo Menezes criticou os ataques ao ministro da Economia, Paulo Guedes, acusado de ser contrário aos incentivos fiscais que sustentam o modelo, mas afirmou que “tudo será mantido com a orientação do ministro.”

“Estão querendo demonizar a figura do ministro para tirar proveito”, disse.

O novo superintendente garante que vai lutar para o “fortalecimento do modelo Zona Franca, pelo descontingenciamento dos recursos de P&D, autonomia financeira e interiorização do desenvolvimento não apenas para Manaus, mas toda a área de abrangência da autarquia. Disse ainda que pretende melhorar a interlocução com o governo federal e com o legislativo estadual em nome do crescimento da Suframa.

Alfredo Menezes afirmou, ainda, que pretende lutar para trazer para Manaus a discussão do Processo Produtivo Básico (PPB) que hoje tem 129 dias para ser aprovado, prazo que não vem sendo cumprido, com perdas à produtividade do PIM.