No Rio, Omar participa do aniversário de 35 anos do Telecurso

28/05/13 – Há 35 anos, estreava na TV Globo um programa que surgiu para levar escolaridade básica a quem precisava concluir os estudos. Era o Telecurso, projeto da Fundação Roberto Marinho em parceria com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que há 20 anos chegou às salas de aula e se tornou metodologia reconhecida pelo Ministério da Educação e adotada por governos, empresas e instituições do Terceiro Setor.

Para celebrar essas datas, estudantes, professores, autores, consultores, parceiros, artistas, autoridades e educadores de todo o país se reuniram ontem (27/5) no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Participaram da cerimônia o ministro da Educação, Aloizio Mercadante; o governador do Amazonas, Omar Aziz; o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; o governador de Pernambuco, Eduardo Campos; a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini; o ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati; o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho; e os secretários de Educação dos estados e municípios nos quais o Telecurso é adotado como política pública de ensino.

Durante o encontro, foi assinado um termo de cooperação técnica entre o Ministério da Educação e a Fundação Roberto Marinho. O documento visa disseminar projetos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de correção da distorção idade-ano dos estudantes nos sistemas públicos municipais e estaduais, entre outras ações.

Além disso, foi lançando o livro “Incluir para transformar – Metodologia Telessala em cinco movimentos”. A obra apresenta a metodologia, os pensadores que a inspiraram e a sua prática em sala de aula, levando os leitores a refletirem sobre os desafios da educação no país.

Conduzida pelo apresentador Zeca Camargo e a atriz Roberta Rodrigues, a cerimônia contou também com participações de Antonio Fagundes, Zezé Motta e Caio Blat – atores que já apresentaram aulas do Telecurso na TV. Os atores foram homenageados no palco junto com os professores João Bosco Pitombeira, Helena Bomeny, Monica Lima e Claudio Egler, autores dos livros do Telecurso.

HISTÓRICO DO TELECURSO

O Telecurso nasceu nos anos 1970, com o objetivo de oferecer aulas pela televisão a milhares de brasileiros que precisavam concluir a escolaridade básica. A partir de 1993, o programa ganhou as salas de aula do país, com a Metodologia Telessala. Em 1995, foram lançados os livros do Telecurso, feitos por autores de referência nas principais universidades brasileiras, com consultoria de especialistas em educação e aspectos cognitivos da aprendizagem.

Em 2008, o tradicional programa passou a ser chamado de Novo Telecurso. Naquele momento, ele passou a contar com as disciplinas que foram recentemente incluídas no currículo do Ensino Médio, como Filosofia, Artes Plásticas, Música, Teatro e Sociologia; com as atualizações das disciplinas já existentes, incluindo mudanças históricas, geográficas, científicas, tecnológicas; com as atualizações também das questões éticas, sociais e ambientais relevantes para o terceiro milênio; além de novos cursos profissionalizantes. Foram produzidas 72 novas aulas, modificações e atualização em mais de mil aulas, além de reformulação do material didático. Hoje, a denominação Novo Telecurso não é mais empregada. O programa de TV e a política pública são chamados de Telecurso.

O Telecurso tem sido utilizado para enfrentar os problemas mais frequentes no sistema educacional brasileiro, tais como defasagem idade-ano, formação de professores, educação de jovens e adultos, alternativa de oferta de ensino regular para alunos de comunidades dispersas no campo e na floresta e complementação curricular.

O índice de aprovação do Telecurso, que chega a mais de 90%, é um dos principais motivos que levam governos estaduais e municipais a adotar o programa como política pública de educação básica. Como indicador de sua importância para a educação no país, o Telecurso foi escolhido, em 2001, como currículo de referência nacional para a avaliação de jovens e adultos por meio do Exame Nacional para Certificação de competências de Jovens e Adultos (Encceja).

No Telecurso, o papel do professor é fundamental. É dele a função de criar as condições favoráveis à construção de uma aprendizagem com sentido, que faça do ato de aprender um ato de prazer. Para isso, ele também recebe uma formação continuada na metodologia com o apoio de materiais pedagógicos concebidos, especialmente para esse processo, pelos melhores núcleos de excelência da academia brasileira. O professor, nesse sentido, também é um aprendiz, na medida em que passa a mediar o conhecimento, valorizando os saberes dos estudantes e colocando-os como protagonistas de sua aprendizagem. Em cada sala de aula, além da teleaula, os alunos recebem os livros do Telecurso e materiais como dicionários e livros de literatura, entre outros.

A organização curricular do Telecurso é modular e sua metodologia, denominada Telessala, trabalha a construção coletiva do conhecimento, correlaciona conceitos com o cotidiano, possibilita uma abordagem interdisciplinar e gera o prazer de aprender. A Metodologia Telessala propicia a criação de um ambiente de aprendizagem colaborativa, pesquisa, construção e criatividade no qual professores formados nela e apoiados por livros didáticos do Telecurso tornam-se mediadores do processo de aprendizagem.

A tecnologia educacional Telecurso (Metodologia Telessala e material didático) é reconhecida nacional e internacionalmente por promover a qualidade na educação, tendo sido implementada em mais de 32 mil salas de aula, formado mais de 40 mil professores e mais de 6 milhões de estudantes em todo o Brasil. Atualmente integra o Guia de Tecnologias Educacionais do MEC – 2010.

Hoje, mais de 147 mil e 300 estudantes na rede pública de ensino de seis estados e duas capitais usam a metodologia como política pública de educação para concluir a escolaridade básica. Nove mil apenas no Amazonas.

NÚMEROS GERAIS DO TELECURSO

De 1995 até 2013

6 milhões de estudantes já concluíram seus estudos;

40 mil professores formados;

30 mil salas de aula;

1.500 instituições parceiras;

Política pública de ensino em seis estados brasileiros: Acre, Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rondônia;

Política pública de ensino em três municípios: Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Paraty (RJ);

Distribuição de 24 milhões de livros e um milhão e oitocentas mil fitas;

7 milhões de brasileiros assistem semanalmente ao Telecurso na televisão.

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