O narcotraficante João Pinto Carioca, mais conhecido como “João Branco”, foi condenado pela Justiça do Amazonas a 30 anos e 2 meses de prisão em regine fechado, pelo assassinato do delegado Oscar Cardoso, da Polícia Civil amazonense. Já era madrugada deste sábado (14) – cerca de 1 hora – , quando a sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri.

Além de “João Branco”, também foram julgados os réus Marcos Roberto Miranda da Silva, conhecido como “Marcos Pará”, condenado a 25 anos e 11 meses; Diego Bruno de Souza Moldes, também condenado a 25 anos e 11 meses, e Messias Maia Sodré, condenado a 21 anos e 4 meses. Todos tiveram ativa participação no assassinato de Oscar Cardoso. A defesa do réus já avisou que vai recorrer.

O julgamento começou nessa sexta-feira (13). Era a sexta vez que a Justiça tentava julgar os réus na Ação Penal nº 0232023-39.2014.8.04.0001. Num total de cerca de 15 horas de julgamento, foram ouvidas 12 testemunhas, duas delas de forma confidencial.

O juiz de Direito Rafael Cró Brito, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, presidiu os trabalhos e quatro promotores atuaram no júri – Laís Freitas, Edinaldo Medeiros, Geber Mafra e Igor Starling.

A participação dos réus foi presencial, com exceção do acusado João Pinto Carioca, que foi interrogado por meio de videoconferência, uma vez que está preso na detenção federal de Catanduvas, interior do Paraná.

O delegado Oscar Cardoso Filho foi morto com 18 tiros no dia 9 de março de 2014, quando estava em uma peixaria, no bairro de São Francisco, zona Sul de Manaus.

Segundo o Ministério Público, “João Branco” teria planejado a morte do delegado, para se vingar de quem havia participado de uma suposta tortura e estupro da companheira dele, e acreditava que o delegado, que fazia parte de um força tarefa da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-AM), estaria envolvido.