O Ministério Público Estadual (MPE-AM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco),  a Controladoria Geral da União (CGU) desarticularam, nesta terça-feira (10), uma quadrilha suspeita de desviar mais de R$ 55 milhões da Prefeitura de Iranduba, no Interior do Amazonas.

A Foram cumpridos 30 mandados – cinco de prisão e 25 de condução coercitiva e de busca e apreensão, na sede do município, a 27 km da capital, na Região Metropolitana de Manaus. Os mandados foram assinados pela desembargadora Carla Maria Reis, do Tribunal de Justiça do Amazonas. De acordo com as investigações, a quadrilha era comandada pelo próprio prefeito do município, Xinaiki Medeiros (PTB).

Além de prefeito Xinaiki Medeiros, a Operação “Cauxi”, deflagrada nas primeiras horas da manhã, prendeu, ainda, o secretário de Finanças, David Queiroz, a irmã do prefeito, Nádia Medeiros, o chefe da Comissão Geral de Licitação (CGL), Edu Correia Souza, e outros membros da administração do município. Eles são acusados de fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. 

Até às 09h, o prefeito Xinaiki Medeiros era considerado foragido, mas resolveu se apresentar ao MPE-AM por volta das 09h30, já acompanhado do advogado de defesa dele, Alberto Simonetti Neto. Ele deve ser conduzido à prisão ainda hoje.

Segundo a polícia, na casa do prefeito, além de documentos que podem comprovar o envolvimento dele nas irregularidades, a Operação “Cauxi” também apreendeu a quantia de R$ 13 mil.

De acordo com o chefe do MPE-AM, Fábio Monteiro, praticamente 100% dos recursos municipais, estaduais e federais encaminhados ao município eram desviados. O resultado da corrupção era a falta de medicamentos básicos, nos postos de saúde e falta de transporte e merenda escolar para os alunos da rede pública de ensino.

Dos cinco mandados de prisão expedidos, quatro foram cumpridos durante a operação. Um dos envolvidos continua foragido: o Secretário de Infraestrutura, André Maciel.