Desde o final da tarde dessa sexta-feira (28), após o anúncio do governo do Estado sobre a reintegração de posse da ocupação Monte Horebe, prevista para a próxima segunda-feira (2/3), moradores da área, na zona norte de Manaus, decidiram fazer uma série de manifestações por várias ruas da cidade, em protesto contra o posicionamento do governo.

As manifestações ocorrerem em vários pontos da capital, começando na próprio Monte Horebe, e se espalharam por outros locais. Gritando palavras de ordem e portando cartazes e rojões de foguetes, os manifestantes buscaram chamar a atenção das autoridades para os problemas moradia no Estado e garantir a posse dos lotes ocupados.

Na tarde deste sábado, uma das manifestações ocorreu na Avenida Torquato Tapajó e travou o trânsito em uma das principais vias de escoamento do trânsito da capital.

Meses de planejamento

O local, segundo o governo, abriga uma das maiores ocupações irregulares de Manaus, que vem avançando sobre áreas da Reserva Florestal Adolpho Ducke, gerando enorme impacto ambiental, por causa das derrubada de vegetação e das queimadas, além da própria ação dos moradores.

Ainda segundo o governo, a população da área também sofre grande atuação do tráfico de drogas, disputado por facções criminosas.

Moradores terão assistência governamental

Na segunda-feira (02/03), informa o Governo, equipes da área social farão triagem das famílias que moram na área, para a devida assistência. Todos os critérios mínimos para a garantia da dignidade humana na remoção serão assegurados, promete o governo, como grande diferencial da reintegração.

A partir deste sábado (29/02), o Estado já disponibilizou caminhões para o transporte de móveis das famílias interessadas em sair do local. Um levantamento do setor de inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SSP-AM) revela que a maioria dos barracos está desocupada, marcando apenas os lotes.