Mesmo tendo uma rede de esgoto passando em frente de casa, cerca de 50 mil moradores de Manaus ainda despejam o esgoto doméstico nas ruas ou na rede de drenagem. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Instituto Trata Brasil, com 250 mil pessoas, na capital do Amazonas.
Nesta quarta-feira (17), em entrevista à Tiradentes News, o diretor da concessionária Manaus Ambiental, Arlindo Sales, explicou que, o principal motivo, é financeiro.
“Aproximadamente 50 mil imóveis que já têm o serviço na frente da sua residência, não querem se ligar. Um dos principais motivos levantados na pesquisa é, justamente, a questão financeira, porque as tarifas desses dois serviços – água e esgoto – se somam. O que você paga de água, vai pagar pelo serviço de esgoto. O serviço de água é um benefício individual. O serviço de esgoto é coletivo, além de ser individual, de você afastar a doença da sua residência, você também está contribuindo com sua cidade, para a despoluição dos igarapés!. Então, é importante que a população perceba a disso você está contribuindo para a cidade, despoluindo os igarapés”. É importante que a população entenda a percepção disso: da obrigatoriedade dessa ligação!”
O diretor da Manaus Ambiental deu um panorama do tratamento de esgoto, hoje, na capital. “Ao longo desse período todo, que a Manaus Ambiental vem trabalhando, nós recuperamos todas as estações de tratamento de esgoto, que foram recebidas na época da hoje extinta Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama). Este ano, estamos fazendo a ampliação desse sistema; os grandes investimentos foram realizados, ao longo desses 10 / 15 anos, e, agora, nosso desafio é fazer obras de esgoto!”
Arlindo Sales destacou a importância do apoio da população no uso do o serviço ofertado pela Companhia.
“É importante dizer o seguinte: nós não somos operadores do serviço público, não somos uma empresa de engenharia! Você tem investimento a fazer em obras de engenharia, na ordem de R$ 2,5 milhões, para disponibilizar serviços de esgotamento sanitário, mas é importante haver a contrapartida individual de cada cidadão, para que essa infra estrutura seja utilizada! Não fiquem ociosas, como hoje estão. Na área do Igarapé do 40, hoje, já temos rede coletora em toda a área de Educandos, Morro da Liberdade, São lázaro, Crespo, até chegando, já, na Lagoa Verde. Toda essa área já tem disponibilizada rede coletora de esgoto e nós temos apenas, 20% de pessoas aderidas ao sistema de esgoto. Uma grande maioria continua despejando seu esgoto na sarjeta e na drenagem!”
Arlindo Sales defendeu a fiscalização, como forma de obrigar a população a fazer uso do serviço ofertado pelas companhias de saneamento. Segundo a pesquisa do Instituto Trata Brasil, hoje, 3,5 três de brasileiros despejam o esgoto nas ruas das 100 maiores cidades do país consultadas nas pesquisas.