27/05/13 – Cerca de 100 moradores fizeram, na manhã desta segunda-feira (27), um ato público, na avenida São Jorge, nas proximidades da comunidade Arthur Bernardes, para relembrar o poder público sobre o incêndio que atingiu o local, em novembro de 2012. O incêndio destruiu mais de quinhentas casas, deixando centenas da famílias desabrigadas.

De acordo com os manifestantes, passados 6 meses do sinistro, muitas famílias continuam na mesma situação e enfrentam dificuldades para conseguir ajuda do Governo. Os manifestantes pedem a correção do aluguel social – atualmente no valor de R$ 400 – e a desburocratização para receber as indenizações do Governo do Estado.

A dona de casa Cris Nascimento diz que está pagando R$ 600 de aluguel, e enfrenta dificuldades, porque cria um irmão deficiente  mental.

O líder comunitário Fernando Farias saiu em defesa dos reclamantes e destacou que o sofrimento de algumas famílias ainda não acabou.

O incêndio aconteceu no dia 27 de novembro de 2012 e durou cerca de quatro horas. Segundo cálculos das autoridades, aproximadamente três mil pessoas que viviam no local foram atingidas. A maioria perdeu tudo o que tinha.

Por meio de nota a Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab) informou que a área da comunidade Arthur Bernardes foi beneficiada de forma emergencial, devido o incêndio.

De acordo com a Suhab, o valor de R$ 400 do aluguel social é fixo para todas as ações do Governo do Estado. O valor é estabelecido segundo a tabela de aluguel das áreas periféricas de Manaus, portanto, o acréscimo em cima desse valor é totalmente inviável, tendo em vista que tratam-se de mais de 500 famílias.

Em relação aos documentos exigidos, eles são necessários para evitar que aproveitadores sejam beneficiados, já que ações do tipo são muito comuns em situações como esta, e para evitar erros no benefício. O órgão informou, ainda, que os documentos são uma exigência do Ministério das Cidades.