Mel Lisboa, sobre Rita Lee: “Não conseguia me ver parecida com ela no início”

A atriz traz pela primeira vez ao Rio de Janeiro o musical sobre a Rainha do Rock, que estreou, há dois anos, em São Paulo

Mel Lisboa caracterizada como Rita Lee: " (Foto: Luciano Alves/ Divulgação)

Lá se vão pouco mais de dois anos desde que Mel Lisboa estreou o espetáculo Rita Lee mora ao lado – O musical, em São Paulo, um grande sucesso. Meio relutante em encarnar a Rainha do Rock a princípio, a atriz tomou gosto pela personagem e conta que, até hoje, às vezes se pega fazendo trejeitos e caretas da própria Rita. Em turnê pelo Brasil, ela apresenta a peça pela primeira vez no Rio de Janeiro, na sexta-feira (3) e no sábado (4), no palco do Vivo Rio. Mel conversou com a coluna.

A Rita Lee baixa em você no musical?

Baixa. É um modo de se comportar, umas caretas dela. Não tem muito como fugir. Eu a admiro demais. E acabo levando-a comigo. Não conseguia nem me ver parecida com a Rita no início. Márcio(Macena, um dos diretores) foi tinhoso. Cheguei a dizer que não ia fazer a peça. Eu morria de medo. Depois passou. Faço a Rita do meu jeito. Outra atriz faria diferente.

Como foi quando ela foi te ver, em São Paulo?

Eu não sabia. Só sabia que o Ney Matogrosso estava na plateia, e isso já me deixou nervosa. Senti uma mistura de sentimentos quando a vi, no final. Primeiro, fiquei pensando que aquele dia eu não tinha feito um bom espetáculo. Mas ela gostou. E depois voltou com o Roberto de Carvalho. Eu estava tão stalker deles nessa época que, quando ele me disse que sua música preferida da Rita era “Coisas da vida”, falei: “Eu sei” (risos).

Rita, a original, posa ao lado de Mel Lisboa, a Rita da ficção (Foto: Editora Globo)

Você teve contato com a Rita durante os ensaios?

Não. Eu queria ter encontrado com ela antes até. Mas ela é reclusa. E não houve uma resposta para marcarmos um encontro. Não queria forçar nada, invadir o espaço dela. Não corri atrás disso. Deixei quieto. Mas estudei demais a vida deles.

É difícil cantar as músicas dela?

Às vezes a voz quebra. Isso pode acontecer cantando. Tenho um peso de mais responsabilidade quando estou só, ao violão. Não sou virtuosa, mas toco o instrumento em “Ovelha negra”, “Doce vampiro” e “Menino bonito”. Elas têm dois acordes. É bem simples. E isso dá um ar legal. Mas, por outro lado, são músicas muito conhecidas. Se você dá uma desafinadinha, todo mundo percebe.

Mel passa toda a trajetória da Rainha do Rock a limpo no espetáculo inspirado em livro de Henrique Bartsch (Foto: Luciano Alves/ Divulgação)

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