Desmatamento na Amazônia diminuiu 21% em um ano, diz instituto de pesquisa

O desmatamento na região da Amazônia Legal caiu 21% entre agosto de 2016 e julho deste ano, na comparação com o período anterior. O levantamento foi feito pelo instituto de pesquisa Imazon.

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, destacou a importância da recomposição orçamentária do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio. Segundo o ministro, pela primeira vez, recursos do Fundo Amazônia foram destinados para ações adicionais de comando e controle.

“Depois de 5 anos, a linha que estava crescendo do desmatamento, teve uma inversão, e agora, o desmatamento diminuiu 21%. Nós recuperamos o orçamento integralmente e conseguimos mais, adicionalmente, dinheiro do fundo de R$ 70 milhões nós passamos para R$ 120 milhões. Estes recursos foram extremamente bem aplicados em operações de combate ao desmatamento ilegal.”

De acordo com o pesquisador responsável pelo Boletim do Desmatamento, Antônio Victor Galvão da Fonseca, todos os estados da Amazônia Legal apresentaram redução, com destaque para Tocantins (56%), que teve o maior índice, seguido por Roraima (37%), Acre (32%) e Pará (31%). Segundo ele, a diminuição do desmatamento é importante, mas os dados ainda preocupam.

“É importante observar que o calendário de 2016 foi a maior área já desmatada detectada desde o início do seu monitoramento a partir de 2008. Então a gente está comparando os dados de 2017 com um número bastante elevado em 2016. Se você comparar os dois últimos anos antes de 2016, 2014 e 2015, as áreas desmatadas vinham em um patamar e um valor equivalente com o que a gente tem este ano. Então é um dado que preocupa. A queda é importante, comparando com 2016, mas a gente ainda está com o sinal de alerta ligado.”

Além disso, o levantamento indica que, em julho deste ano, 61% do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos outros estágios de posse.

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