Legislativo municipal repudia manifestação da construção civil que voltou a travar trânsito de Manaus, na manhã desta terça

Uma manifestação do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, na Avenida Mário Ypiranga Monteiro, antiga Recife, travou o trânsito da capital, na zona Centro-Sul da cidade, na manhã desta terça-feira (22). Em pleno horário de ‘rush’, a manifestação deixou o trânsito lento e caótico, nas proximidades do Hospital 28 de Agosto.

Os trabalhadores reivindicavam o pagamento de descontes dos salários e a reposição integral das perdas inflacionárias referentes ao período de julho de 2016 a junho de 2017.

Irritados, os motoristas que se deslocavam para o Centro da capital reclamaram, porque apenas uma das pistas da via estava funcionando.

Homens das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) e do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) foram deslocados para controlar o trânsito na área.

Por causa da manifestação, o engarrafamento chegou ao Parque das Laranjeiras, passando do Supermercado Veneza.

À tarde, por meio de sua assessoria de imprensa, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (SINDUSCON-AM) lamentou os transtornos causados à população e afirmou que, das empresas  ainda sentirem os reflexos da crise, os empresários repassaram a reposição integral de 2,55% das perdas inflacionárias referentes ao período de julho de 2016 a junho de 2017 aos trabalhadores e outras cláusulas ainda estão em discussão.

Confira:

 

SINDUSCON-AM lamenta transtornos causados por paralisação de trabalhadores da Construção Civil

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (SINDUSCON-AM) lamenta os transtornos causados à população de Manaus, na manhã desta terça-feira (22), quando o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (Sintracomec) motivou um grupo de trabalhadores do setor a paralisar as atividades e a interditar a Avenida Mário Ypiranga, na zona Centro-Sul da capital.

De acordo com o presidente do SINDUSCON-AM, Frank Souza, embora as empresas do setor ainda sintam os reflexos da crise, a entidade concedeu e repassou aos trabalhadores a reposição integral de 2,55% das perdas inflacionárias referentes ao período de julho de 2016 a junho de 2017. “A revisão de cláusulas negociadas ainda está em discussão. Portanto, o que está valendo é o que foi decidido na última convenção coletiva. Nenhum benefício ou direito foi retirado dos trabalhadores”, explica.

Souza afirma, ainda, que o SINDUSCON-AM tem dialogado com os representantes dos trabalhadores. “Não há nenhuma resistência de nossa parte. Nós nos reunimos com frequência com o Sindicato dos Trabalhadores, inclusive, teremos uma reunião na próxima quinta-feira, dia 24”, afirma.

Nas reuniões que têm ocorrido entre as duas entidades, o Sintracomec insiste em reivindicar a inclusão de auxílio funeral – um benefício que já está incluído no seguro de vida da categoria. “Esse tipo de reivindicação só prejudica os próprios trabalhadores, que terão mais um item que vai incidir em mais desconto nos seus salários”, alerta Souza.

O SINDUSCON-AM enfatiza que as propostas referentes ao dissídio dos trabalhadores da Construção Civil do Amazonas estão sob análise do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11). “Neste momento, qualquer manifestação paredista é irregular e acaba prejudicando os próprios trabalhadores”, finaliza o presidente do Sindicato patronal.

 

Reações na Câmara Municipal de Manaus (CMM)

O protesto, que foi comandado por vereador com assento na Câmara Municipal de Manaus (CMM) – o vereador Sassá da Construção (PT) -, irritou a presidência da Casa legislativa. O vereador Wilker Barreto (PHC) deixou clara a irritação dele pela iniciativa do colega de parlamento.

Conforme o vice presidente da Casa, Felipe Souza (PTN), outros vereadores também não apoiaram o protesto idealizado pelo vereador petista.

Segundo o membro da Comissão de Transportes da Câmara, vereador Elissandro Bessa (PHS), o protesto que prejudicou o trânsito na Avenida Mário Ipiranga foi apenas um dos vários que aconteceram nesta terça-feira, que ainda registrou a paralisação dos serviços feitos pelos servidores da Superintendência Municipal de Transporte Urbanos (SMTU).

Além das paralisações da SMTU e da Construção Civil, também houve paralisação dos rodoviários de uma empresa de ônibus que voltaram a protestar contra os assaltos.

Esta é uma das reportagens que você acompanha na edição desta terça-feira do telejornal Notícias da Hora, que começa pontualmente às 18 horas, na TV Tiradentes.

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