Manauense já pode ter acesso a remédios que ajudam a evitar a AIDS, mas especialistas alertam: prevenção ainda é melhor caminho

medi
Já começaram a ser distribuídos em Manaus os medicamentos que evitam a infecção pelo vírus HIV. As autoridades da saúde alertam, porém, que isso não deve baixar a guarda de ninguém, na prevenção à doença, já que eficácia da medicação só é garantida se o tratamento for iniciado até duas horas ou, no máximo, 72 horas após a suposta exposição ao vírus.

Edson Gonçalves, de 50 anos, contraiu o HIV aos 30. Até hoje, faz tratamento rigoroso e graças à disciplina, no uso da medicação, consegue viver uma vida normal.

Gonçalves criou uma Organização Não Governamental (ONG) para incentivar outras pessoas portadoras do vírus a terem melhor qualidade de vida.

De acordo com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT/HVD), do Amazonas, em Manaus, quase 10 mil pessoas fazem o tratamento contra o HIV apenas na capital do Estado. O problema é que muitas desistem, outras não tomam rigorosamente os remédios e, por conta disso, estado de saúde delas se agrava, levando os pacientes a óbito. Para se ter ideia, em média, duas pessoas morrem por dia, em Manaus.

Segundo a FMT/HVD, já começaram ser distribuídos em Manaus, medicamentos que ajudam a evitar a contaminação, após a suspeita de infecção pelo vírus, seja por acidente de trabalho, violência ou relação sexual consentida. Para a coordenadora de DST/AIDS e Hepatites Virais, da Fundação, Silvana Lima, o tratamento é eficaz.

Conforme ela, são quatro remédios e o tratamento dura vinte e oito dias, podendo ser estendido, mas os especialistas alertam que a prevenção e o uso constante de preservativo, ainda é mesmo a melhor forma de evitar a doença.

Números oficiais de setor de saúdo no Amazonas, apontam que, das mais de 5,2 mil pessoas diagnosticadas com aids, nos últimos cinco anos, 2.300 contraíram a doença através de relações sexuais heterossexuais; 1.700 por forma ignorada; 778 por relações sexuais homossexuais; 326 por meio de relações bissexuais; 121 por transmissão de mãe para filho; 44 por uso de drogas injetáveis (UDI) e um hemofílico.

Segundo os registros do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), a taxa de mortalidade no Amazonas está em torno de 6,01. Segundo a Superintendência da Saúde do Amazonas (Susam), apenas até abril de 2015, já morreram 37 pacientes, em decorrência da infecção pelo vírus da AIDS.

O exame detectar o vírus pode ser feito em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). Os medicamentos podem ser adquiridos na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, no bairro D. Pedro, zona Oeste da cidade.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *