Todos os canteiros de obras da Construtora Andrade Gutierrez, nos Estados do Amazonas e Roraima estão interditados pela Justiça, até que a empresa demonstre o efetivo cumprimento do acordo judicial firmado entre com o Ministério Público do Trabalho (MPT), em setembro de 2014.

De acordo com a Procuradora Chefe do MPT, Alzira Melo Costa, a construtora não cumpriu nenhuma das 64 normas de saúde e segurança no meio ambiente de trabalho, definidas no acordo.

Ela afirma que, diante da negligência da construtora em oferecer um ambiente de trabalho seguro aos funcionários, o MPT decidiu pedir na Justiça a interdição dos canteiros de obras da empresa.

Conforme a Procuradora Chefe do MPT, Alzira Melo Costa, a Andrade Gutierrez só poderá reabrir os canteiros de obras após o cumprimento integral do acordo.

Entre as obras da construtora Andrade Gutierrez paralisadas no Amazonas, estão as do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim) Três, no igarapé do Mestre Chico, no bairro Praça 14 de Janeiro, zona Centro Sul. e também no igarapé das Cacimbas, no bairro São Raimundo, na zona Oeste da cidade.

Nestes dois canteiros de obras, em um período de pouco mais de um mês, dois operários foram vítimas fatais de acidentes de, tendo o último deles sido registrado dia 18 de maio.

Com essas duas mortes, chegam a cinco o número de operários que perderam a vida em consequência de acidentes fatais ocorridos em canteiros de obras da Andrade Gutierrez, apenas considerando o período do ajuizamento da ação pelo MPT, logo após a morte do primeiro operário, na construção do Estádio Arena da Amazônia, em 2013, até maio deste ano.

Além do embargo dos canteiros de obras, o MPT também pediu, na Justiça, que a construtora Andrade Gutierrez pague indenização, a título de dano moral coletivo, no valor de R$ 50 milhões. Esse pedido ainda aguarda julgamento.