Operação Hashtag: Justiça Federal do Paraná condena oito por terrorismo

O juiz federal Marcos Josegrei da Silva proferiu nesta tarde sentença condenando os oito brasileiros denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por fazerem parte de uma célula da organização terrorista Estados Islâmico (EI) no Brasil. O magistrado ratificou a posição do MPF, que afirmou que os acusados difundiam os ideais do EI e planejavam realizar um atentado em solo brasileiro. O grupo foi desmantelado em julho passado, quando a Polícia Federal prendeu doze pessoas acusadas de fazer parte da mesma célula, durante a Operação Hashtag – ocorrida duas semanas antes da abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro.A maior pena, de 15 anos e 10 meses, foi imposta ao líder do grupo Leonid El Kadre, de 33 anos. Segundo o juiz não restam dúvidas da ascendência dele sobre os demais. Nas mensagens interceptadas pela Polícia Federal, El Kadre era quem dava as ordens para os demais seguidores. Também coube a ele o principal papel de recrutamento de adeptos. Entre eles menores de idade. Por essa razão, ele também foi condenado pelo crime de corrupção de menores.E ao contrário dos demais condenados, El Kadre possuía antecedentes criminais, o que impediu a aplicação de qualquer atenuante. Em 2005, ele já havia sido sentenciado a 18 anos de prisão por homicídio. Depois de um assalto, ele matou o comparsa a pedradas para não ter que dividir o dinheiro. El Kadre – que está preso no presídio federal de Campo Grande – iniciou uma greve de fome. Diz que é alvo de perseguição religiosa.

A segunda maior pena foi aplicada a Alisson Luan de Oliveira. A ele foram impostos seis anos e onze meses de prisão. Oliveira foi, ao lado de El Kadre um dos principais insufladores da violência. Valendo-se de programas de comunicação criptografada, ele foi um dos que mais deu sugestões de atentados possíveis de serem praticados.

O amazonense que está entre os dez presos condenados pela operação Hashtag, Oziris Mores Lundi dos Santos Azevedo, mora no bairro de Flores, zona Norte de Manaus, adotou o nome de Ali Lundi. Ele se dizia convertido ao islamismo.

Lundi se comunicava por meio da chamada deep web, uma rede de internet que não é alcançada por mecanismos de busca comuns, como o Google, é criptografada e anônima, e, por isso, muito usada por criminosos. Ele tem afinidade com a religião islâmica e, segundo vizinhos era sempre muito arredio.

(com informações de Veja.com)

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