O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, determinou a inclusão do nome do empresário Eike Batista na lista “difusão vermelha” da Interpol, que reúne pessoas foragidas da Justiça. Eike teve a prisão decretada, mas não foi encontrado nesta quinta-feira por estar em viagem internacional.
A PF solicitou ao juiz a inclusão do empresário na lista. Com a decisão de Bretas, restam ainda trâmites burocráticos dentro da Interpol. Os representantes brasileiros da polícia internacional tem de encaminhar a documentação e Eike só passará a ser procurado pelo órgão após a inclusão de seu nome oficialmente na lista pela sede da Interpol, que fica em Lyon, na França.
O empresário, um dos principais alvos da operação Eficiência, realizada nesta quinta-feira — sobre esquema de desvio e lavagem de dinheiro de contratos do governo do Estado do Rio na gestão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral —, viajou para Nova York. De acordo com a Polícia Federal, ele teria saído do país com um passaporte alemão, no voo AA974 da American Airlines, na última terça-feira, às 23h30m, e chegou à cidade americana na quarta-feira, às 6h30m. Embora a PF ainda esteja checando se Eike efetivamente embarcou, passageiros do voo confirmaram ao GLOBO que ele estava no voo. Os investigadores apuram ainda quando o empresário comprou a passagem para os Estados Unidos.
O advogado de Eike Fernando Martins disse ao site G1 que está negociando a volta de Eike ao Brasil. Segundo o advogado, ele ficou surpreso com a operação e “tem interesse em voltar o mais rápido possível”.
— Agora à tarde, vamos combinar como tudo será realizado, mas não posso afirmar se o Eike volta ainda hoje. Nos falamos algumas vezes hoje e ele está à disposição para esclarecer tudo.
Leia mais: http://oglobo.globo.com/oglobo-20830628#ixzz4WuUKpku6