O autônomo Mauro César Machado Albano, de 26 anos, conhecido como “Frexeca”, apontado como o autor do latrocínio do advogado Jackson Souza e Silva, de 45 anos, foi preso por policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

A prisão ocorreu nesta quinta-feira (17), em cumprimento a mandado de prisão preventiva, expedido pelo juiz da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Moraes Antony, no momento em que o autônomo compareceu à sede do 17º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Redenção, zona Oeste, para prestar esclarecimentos, após receber uma notificação.

Jackson Souza e Silva era presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no município de Parauapebas, no Pará.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (18), o titular da DEHS, delegado Ivo Martins, que coordenou as investigações, informou que, durante as diligências sobre o caso, Wellington da Silva Correa, 20 anos, conhecido como “Bow”, foi identificado como o comparsa de Mauro no crime. Ele está preso desde maio deste ano pelo envolvimento no roubo a uma lan house, situada na Rua Gurupi, bairro Redenção.

Circunstâncias

O latrocínio do advogado ocorreu no dia 24 de janeiro deste ano, na Rua 15 de Outubro, bairro Redenção. Na ocasião, Jackson havia desembarcado de um táxi, quando foi abordado pela dupla, que anunciou o assalto. De acordo com o delegado, Mauro efetuou um disparo de escopeta que atingiu a axila de Jackson. Em depoimento, Mauro afirmou que Jackson teria reagido à abordagem, razão pela qual o infrator o atingiu com a arma de fogo. Em seguida, a dupla evadiu-se do local sem levar nenhum pertence da vítima.

“Há vários depoimentos testemunhais que indicam a autoria de Mauro e de Wellington, e eles mesmos já confessaram suas participações no crime, em depoimento. As investigações apontam que Mauro foi o executor, ou seja, quem efetuou os disparos contra a vítima, enquanto Wellington pilotava a motocicleta. Temos um inquérito robusto, substancial, com mais de mil páginas e vários volumes, onde foram apuradas todas as situações que levaram à morte de Jackson”, explicou Ivo Martins.

Durante o curso das investigações, uma equipe da DEHS se deslocou até o Estado do Pará para apurar denúncias de supostas ameaças de morte à vítima, que poderiam ter resultado na execução do advogado, mas elas não foram confirmadas, segundo informou o delegado.

“Não houve nada que nos conduzisse à confirmação das ameaças. Foi realizada uma investigação minuciosa, com provas técnicas, mas não foi encontrado nenhum elemento que efetivamente comprovasse a possibilidade de execução. Nós estamos encerrando o inquérito nos próximos dez dias e iremos encaminhá-lo à Justiça”, afirmou Martins.

Homicídio

O delegado Ivo Martins disse ainda que Mauro também confessou a participação no homicídio de Tatiane da Silva Fernandes, DE 19 anos. O crime ocorreu no dia 2 de dezembro de 2014, na Rua Poranga, bairro Redenção. A vítima foi encontrada em uma casa abandonada, com marcas de agressão na região do pescoço. A motivação seria o envolvimento dela com o tráfico de drogas.

A dupla será indiciada pelo crime de latrocínio. Mauro também irá responder pelo crime de homicídio. Após o término dos procedimentos realizados na delegacia, ele será encaminhado à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no centro de Manaus, onde permanecerá à disposição da Justiça. Wellington permanece preso na unidade prisional.