A imagem que você vê aí acima é a que ninguém espera ver, após um teste, em um centro de diagnóstico: o resultado positivo para o vírus HIV.

O vírus da imunodeficiência humana e a sua manifestação externa, a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), tornaram-se a maior ameaça para a saúde, em toda a história da humanidade. Afirma-se que o HIV está matando uma pessoa a cada 10 segundos no mundo.

No Brasil, o número de casos de HIV aumentou, nos últimos 15 anos. Em 2000, o país teve 51 mil casos de contaminação pelo HIV e, em 2015, a previsão é de 57 mil novos casos, em média. A informação é da Organização das Nações Unidas (ONU).

Desde o início da epidemia do vírus, em 1980, até junho de 2012, o Brasil registrou mais de 600 mil casos de AIDS, de acordo com o departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais, do ministério da Saúde.

A região Sudeste do país registra o maior número de casos de contaminação pelo HIV, com incidência de, cerca de 21 casos por 100 mil habitantes. Porém, a síndrome vem caindo no mundo.

De acordo com relatório divulgado pela ONU, as infecções por HIV caíram, em todo planeta, em cerca de 35 por cento. Às mortes relacionadas à AIDS tiveram queda de, mais de 40 por cento.

A especialista em Infectologia, da Universidade Federal de Goiás, Marília Turchi, acredita que, o aumento de casos de HIV no Brasil não representa falta de combate à doença no país. Ela, explica que, ao contrário, o país vem identificando e tratando mais casos do que há 15 anos.

“Mas o Brasil não está numa situação pior. O Brasil está detectando mais. Não é que estamos numa pior do que os outros locais. Várias coisas avançaram, e avançaram muito.”

No Amazonas, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1986. Desde lá, mais 12 pessoas foram diagnosticadas com o vírus HIV no Estado. No início deste ano, o Ministério da Saúde admitiu o avanço da epidemia no Estado. Os números, que preocupam o setor de saúde, apontam mais 9 mil pacientes em tratamento, em 12 Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM), distribuídas nos municípios de Manaus, Tabatinga, Parintins, Tefé, Itacoatiara e Coari.

Em Manaus – a capital do Estado – apenas no ano passado, foram registrados 1.102 casos de HIV/Aids, entre janeiro e novembro. Este ano, os números já passam de mil. Os jovens do município aparecem na faixa etária de maior incidência.

De acordo com a ONU, o objetivo de fornecer tratamento a 15 milhões de pessoas com HIV, ao final deste ano, no mundo já foi alcançado.

Marília Turchi destaca que, a diminuição dos casos de HIV é resultado de políticas de distribuição de remédios aos doentes, que no Brasil, por exemplo, é feita de forma gratuita pelo governo Federal.

“Para o HIV, um fator muito promissor para a diminuição do número de casos é o fato das pessoas estarem tomando medicação. O indivíduo infectado com o vírus, tomando corretamente o antiretroviral, tem menor chance de transmitir. Uma das estratégias pra reduzir o número de casos de HIV é a oferta do tratamento adequado para todas as pessoas infectadas pelo vírus.”

Ainda de acordo com a ONU, cerca de US $ 31 bilhões devem ser investidos no combate ao HIV, em todo mundo, até 2020. A meta da organização é diminuir os casos de AIDS em até 89 por cento, em todo planeta.

As autoridades alertam a todos seres humanos a se conscientizarem e reforçar sua responsabilidade com relação a este terrível mal. Lembre-se que seu comportamento o expõe ao risco de contrair o HIV, à medida que se arrisque a relações sexuais perigosas, principalmente após o consumo de álcool e drogas.

Lembre-se: o comportamento do homem jovem, que normalmente tem mais parceiros sexuais do que a mulher, aumenta a probabilidade de contágio e de contagiar ainda mais pessoas, no decurso da sua vida.