H1N1: entenda as diferenças entre a vacina adiantada, do SUS e da clínica particular

A previsão é que 2016 seja um ano de circulação aumentada do vírus H1N1, um tipo de cepa do vírus gripal Influenza A. Como consequência, é esperado que o estado de saúde dos doentes seja mais grave e que, consequentemente, haja um maior número de mortes. A situação está levando milhares de pessoas aos postos de saúde e clínicas de imunização. Mas é preciso saber que essas vacinas são diferentes. Entenda o porquê.

Tipos de vacina de gripe

A vacina contra a gripe protege contra a influenza A, incluindo a prevenção contra a cepa H1N1, e a influenza B. Mas, dentro dessa característica em comum, pode haver variações.

Vacina do SUS

A vacina oferecida pelo SUS nos postos de saúde e centros de vacinação é a trivalente. Ela leva esse nome por conter a imunização necessária contra três cepas:

– Cepa da gripe H1N1, um tipo de Influenza A;
– Cepa da gripe H3N2, um tipo de influenza A;
– Cepa Victoria, um tipo de Influenza B.

Vacina da clínica particular de imunização

As clínicas particulares costumam oferecer, além da vacina trivalente, a vacina tetravalente. Ela leva esse nome porque contém prevenção contra quatro tipos de cepa:

– Cepa da gripe H1N1, um tipo de Influenza A;
– Cepa da gripe H3N2, um tipo de influenza A;
– Cepa Victoria, um tipo de Influenza B;
– Cepa Yamagata, um tipo de Influenza B.

Essa vacina também pode ser chamada de quadrivalente e já é oferecida pelo sistema público de saúde dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

Segundo a pediatra Lucia Bricks, diretora médica da Sanofi Pasteur para América Latina, a vacina tetravalente oferece um maior espectro de proteção e o ideal é que ela seja oferecida gratuitamente à população.

 

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A gripe H1N1 tende a afetar primeiro as crianças e depois os adultos

 

Vacina adiantada

O adiantamento da vacinação contra gripe realizado pelo Governo de São Paulo aconteceu em função da gravidade e quantidade de casos no noroeste do Estado. Lucia Bricks explica que essa imunização foi feita com vacinas que sobraram do ano passado, quando a procura por elas foi menor em função da baixa circulação da gripe, e que esses lotes estão dentro da validade.

No entanto, quem receber essa medicação deverá se vacinar novamente quando a campanha deste ano acontecer. Um dos motivos para isso é que as cepas H3N2 e a cepa de Influenza B mudaram e não respondem da mesma forma à vacina do ano passado. A cepa H1N1 continua respondendo da mesma forma à vacina do ano passado.

Além disso, a vacina de gripe tem uma instabilidade aumentada por ter sido produzida há bastante tempo.

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