Opositores dos irmãos Oliveira querem saber onde estão os R$ 60 milhões movimentados nos últimos 10 anos, pelo STTRM

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A disputa entre um grupo de oposição à família Oliveira, pelo comando do Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Manaus, atualmente comandado pelos irmãos Givancy, Josildo e Jaildo Oliveira, promete manter a tensão entre os membros e associados da entidade sindical e deixa os usuários do transporte coletivo da capital em alerta para o risco de greves: nesta terça-feira (21), o sindicalista que integrou a junta diretiva do sindicato, o cobrador de ônibus Francisco Bezerra, disse que a suspensão do julgamento da atual diretoria, que aconteceria no último dia 15 de julho, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), não foi motivada pela inexistência de provas dos desmandos da diretoria do sindicato. Francisco Bezerra reafirmou a existência de provas contra a atual diretoria da entidade e explicou.

“Na verdade, eles entraram com um recurso junto à Corregedoria, e a corregedora mandou suspender a audiência que seria realizada no dia 15. Eles divulgaram, junto à imprensa, que tinha sido suspenso por falta de provas, mas, na verdade, não é nada disso! Existem dois processos que pedem a prestação de contas da direção do sindicato e, por conta dessa falta de prestação de contas, é pedido, também, a retirada deles do comando do sindicato.”

Segundo o sindicalista, a administração da família Oliveira é duvidosa e desastrosa para trabalhadores, empresários e para toda a cidade.

“Nos últimos 10 anos, o sindicato tem sido comandado pela família Oliveira e tem trazido um enorme prejuízo, porque, quando eles fazem uma paralisação de forma ilegal – e isso tem sido uma constante – eles causam prejuízo não apenas ao empresário do sistema, mas a toda a sociedade, porque reflete na vida de todos! Então, por conta disso, nós temos visto acontecer uma série de desmandos!” .

De acordo com o sindicalista, a família Oliveira briga, mesmo, é pelos milhões recolhidos e movimentados pelo sindicato.

“Nesses 10 anos, eles movimentaram mais de R$ 60 milhões à frente do sindicato e, o que nós queremos saber, é para onde foi o dinheiro!?”

Francisco Bezerra explicou porque decidiu fazer oposição à família Oliveira. “Nós entendemos que o sindicato precisa prestar contas com os seus trabalhadores e associados e, por conta disso, buscamos, na justiça, a saída deles! O artigo 530 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é bem claro: ele diz que, quem não prestou contas que, quem não restos conta de suas ações sindicais, não pode concorrer a eleições vindouras e, se concorrer, não pode permanecer nos cargos!”

O sindicalista acusou o poder público de ser conivente com a atual diretoria da entidade sindical.
“O poder público, que hoje também se tornou refém, é conivente com isso! Hoje, eles dizem aos quatro cantos que, enquanto eles tiveram o escritório jurídico do Dr. Silvio Costa e do Dr. Marcos Albano advogando pra eles, eles nunca vão sair do sindicato, porque são eles que mandam no Tribunal Regional do Trabalho (TRT)!”

Uma coisa é certa: os trabalhadores, a população de Manaus, a sociedade não pode ficar refém da briga e dos interesses dos sindicalistas. A briga pelo comando do sindicato não deve afetar a vida da cidade, que conta sim, com esse mesmo poder público, para se resguardar de interesses escusos de quem quer que seja.

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