Ônibus voltam a circular em Manaus. Greve está suspensa “por enquanto”, avisam motoristas.

Após quatro dias de paralisação, a greve dos motoristas rodoviários foi suspensa e os ônibus voltam a circular em Manaus. Por enquanto, são apenas 30% da frota, mas, as negociações entre Prefeitura, Sindicato dos trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM) e o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amazonas (Sinetram) continuam.

A categoria dos motoristas porém, já avisou: a suspensão do movimento é apenas “por enquanto”, o que significa que as negociações prosseguem.

O STTRM reivindica reajuste e o pagamento de dois dissídios coletivos já homologados pela Justiça e que ainda não foram pagos.

Neste momento, o prefeito Arthur Virgílio Neto e assessoria da Superintendência Municipal transpores Urbanos (SMTU) acompanham a movimentação da frota, nas dependências do Centro Integrado de Comando e Controle, no bairro Aleixo, zona Centro-Sul da capital. O CICC tem um circuito de câmeras de segurança que cobra boa parte da cidade.

Negociações

Nessa sexta-feira (1º/6), as negociações terminaram em impasse. Mediadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-AM) e com participação da Prefeitura de Manaus, a rodada teve início às 10h e foi encerrada por volta das 18h pelo procurador do Trabalho Jorsinei Dourado do Nascimento, sem entendimento entre as partes. Os pontos de impasse referem-se ao abono nas faltas referentes aos dias parados na greve, à compensação de horas extras e feriados somente por acordo de convenção coletiva e ao recuo nas ações judiciais contra o sindicato dos trabalhadores.

Mesmo considerando que as propostas do Sinetram não atendiam os rodoviários, o presidente do Sindicato dos Trabalhares do Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM), Givancir Oliveira, afirmou que levaria os encaminhamentos da reunião à categoria para deliberação, ainda na noite da sexta-feira.

Na reunião estavam presentes representantes do Sindicato dos Rodoviários, do Sindicato doas Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) e Prefeitura de Manaus por meio da Procuradoria-Geral do Município (PGM), Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) e Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU).

Apesar do apelo do procurador-geral do município, Rafael Albuquerque, para que a greve fosse desmobilizada, para que se iniciassem as negociações, o presidente do sindicato dos rodoviários Givancir Oliveira garantiu “que não desmobilizará o movimento enquanto os pleitos não forem atendidos”, conforme registra a ata da reunião, em desobediência a duas decisões judiciais que determinam o restabelecimento da regularidade de transporte coletivo.

“A população de Manaus não pode ficar refém por essa atitude deles. A Prefeitura de Manaus está tomando todas as medidas possíveis, buscamos todas as tutelas possíveis para garantir o direito da população”, afirmou Albuquerque.

O procurador do trabalho, por sua vez, afirmou que até agora agiu como intermediador na negociação entre as partes envolvidas, agora deverá atuar como fiscal da lei, mas não quis adiantar quais as medidas que adotará. “Estamos estudando as medidas cabíveis”, disse Dourado.

 

 

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