Greve dos Correios pode prejudicar entrega de documentos e mercadorias

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Em greve desde a quinta-feira passada (27), os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) cobram da autarquia mais segurança, Plano de Saúde e são contra a privatização da empresa. Outro problema, são as férias, que foram suspensas por dois anos, segundo os sindicalistas. A categoria reivindica também melhores condições de trabalho, já que as agências têm sido constantemente alvo de assaltos em todo o país.

As entregas de encomendas realizadas pelos Correios devem ficar retidas enquanto a greve durar. A paralisação nas atividades foi a forma que os sindicalistas encontraram para reivindicar seus direitos. Em meio à crise financeira que a empresa dos Correios afirma estar passando, agências estão sendo fechadas, funcionários sendo demitidos e ainda circulam especulações de tentativa de privatização.

Na manhã desta terça-feira (02), alguns servidores fizeram manifestação em frente a sede do Complexo Operacional dos Correios, Rua Senador Raimundo Parente, Conjunto Ajuricaba , zona Oeste de Manaus. O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Afonso Rufino, afirma que a categoria busca melhores condições de trabalho.

No Amazonas, os Correios contam com 1200 servidores, sendo que apenas 30% estão exercendo as atividades normalmente. A direção da estatal se reuniu com Sindicatos no início da semana para apresentar uma proposta para encerrar a greve. A esperança é que o movimento chega ao fim nesta quarta-feira (03).

Outro lado

A assessoria de imprensa dos Correios informou que a empresa ainda aguarda o resultado das assembleias dos trabalhadores que também é realizada em outros Estados. De acordo com os Correios, o atendimento à população capixaba não sofreu impacto até o momento com a paralisação parcial, pois a empresa colocou em prática medidas contingenciais como o remanejamento de efetivo de uma unidade para outra, realização de horas extras e mutirões.

Acordo

Na última segunda-feira (1º), o presidente da empresa, Guilherme Campos, reuniu-se com as representações sindicais para tentar chegar a um consenso.

Trabalhadores dos Correios se reuniram com a direção da estatal, em São Paulo, no dia 1º (Foto: Divulgação/Fentect)

O acordo prevê a revogação, por 90 dias, da medida que suspendeu as férias dos empregados, e das novas implantações de medidas operacionais como a Distribuição Domiciliária Alternada (DDA), CDD centralizador, entrega matutina e Organização das Atividades Internas (OAI). Tais medidas serão negociadas em comissão a ser formada com essa finalidade.

Quanto ao plano de saúde, os sindicatos poderão apresentar uma contraproposta. Caso haja acordo com a empresa, os Correios retirarão a solicitação de mediação que haviam feito junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Reportagem: Marcos Pontes

Edição: Manuela Vieira

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