As empresas da Zona Franca de Manaus (AM) voltaram a apresentar desempenho positivo e faturaram quase R$ 82 bilhões em 2017. A recuperação da economia somada à queda da inflação e dos juros impulsionaram a demanda e as vendas da região. Com a proximidade da Copa do Mundo, 2018 promete ser um ano de nova alta.

Dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus revelam que as empresas apresentavam desempenho crescente até 2014, auge da crise no Brasil. A partir de 2015, elas começam a registrar queda no faturamento; e só depois de a economia ser estabilizada, esses números voltaram a crescer. No ano passado, o faturamento da área voltou quase ao mesmo nível de 2014, depois de aumentar 9,4%.

Os investimentos também avançaram. As empresas do polo industrial aplicaram pouco mais de US$ 9 bilhões em ampliação de produção e novos projetos. Aumento de 7,12% frente ao registrado em 2016, quando os investimentos alcançaram US$ 8,4 bilhões. A maior fatia desses recursos, US$ 2,5 bilhões, foi para o setor eletrônico, já em preparação para atender à demanda da Copa do Mundo e da volta do crescimento econômico no País.

Aumento da folha de pagamento

As despesas dessas empresas com folha de pagamento também avançaram. De 2016 para 2017, passaram de R$ 425,4 milhões para R$ 432,4 milhões. Esses valores são médias mensais dos gastos com salários, encargos e benefícios. O estoque de mão de obra ficou estável em R$ 78,8 milhões.

O crescimento da Zona Franca também beneficia a sociedade por meio do recolhimento de impostos. No ano passado, foram R$ 856,7 milhões, número 17,2% superior ao de 2016. A superintendência ainda informou que, entre os produtos, os melhores faturamentos foram com tela de cristal líquido (R$ 15,3 bilhões); telefone celular (R$ 8,7 bilhões); motocicleta, motoneta e ciclomotores (R$ 8,4 bilhões); e condicionador de ar do tipo split system (R$ 3,8 bilhões).