Esquema comandado por assistente administrativa desviou R$ 6 milhões de hospital particular de Manaus

A assistente administrativa Silvia Borges Nogueira, de 35 anos, ex-funcionária de um hospital particular localizado na zona Centro-Sul da cidade, foi presa por policiais do 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), em cumprimento de mandado de prisão preventiva por furto qualificado. A assistente administrativa está envolvida em um esquema que, ao todo, desviou, aproximadamente, R$ 6 milhões da unidade hospitalar. Além de Silvia, três ex-funcionários do hospital e outras três pessoas, que estão sendo procuradas pela polícia, estão envolvidas no esquema criminoso.

A prisão de Silva ocorreu na manhã da última quinta-feira (28), por volta das 10h, na residência onde ela morava, na Rua José Marques, bairro Cidade Nova, zona Norte da capital. O mandado de prisão preventiva foi expedido no dia 26 de setembro deste ano, pela juíza Eulinete Melo Silva Tribuzy, da 11ª Vara Criminal.

A ação, que resultou na prisão da assistente administrativa contou com a participação de policiais civis lotados na 5ª Seccional Centro-Sul e os DIPs de circunscrição da zona Centro-Sul da cidade.

De acordo com o titular do 12º DIP, delegado Rafael Guevara, as investigações em torno do caso duraram três meses. Em junho deste ano, quatro funcionários do hospital particular, incluindo Silvia, foram demitidos após um minucioso levantamento de dados de desvio de dinheiro da unidade. A mulher era assistente administrativa e recebia pagamentos em espécie ou em débito em conta de boletos bancários.

Na prática criminosa, Silvia subtraia os valores recebidos dos pagamentos dos boletos em espécie e registrava no sistema como recebidos por meio de débito em conta. Conforme o Rafael Guevara, só a Silvia desviou a quantia de R$ 30 mil do hospital. O titular do 12º DIP informou, ainda, que os outros três ex-funcionários do setor financeiro atuavam no esquema criminoso criando empresas fantasmas que teoricamente prestavam serviços para o hospital. Os pagamentos a essas empresas fictícias eram depositados pelos três ex-funcionários nas contas dos outros três envolvidos no esquema, que não eram funcionários da unidade hospitalar.

A autoridade policial explicou que, como o hospital efetua diariamente vários pagamentos à empresas que fornecem serviços a unidade, o crime não foi percebido de imediato pelos diretores. Rafael Guevera ressaltou que as outras seis pessoas envolvidas no esquema, que estão sendo procuradas pela polícia, já estão com as prisões preventivas decretadas.

 

Segundo o titular do 12º DIP, Flávio, Marineide e Diego atuavam no esquema criminoso criando empresas fantasmas que, supostamente, prestavam serviços para o hospital. Os pagamentos a essas empresas fictícias eram depositados pelos três ex-funcionários, nas contas dos respectivos companheiros deles: Alexandro Holanda do Nascimento, 37; Renildo da Cruz Teixeira, 37, e Rita de Cássia Bentes Martins, 37, que não eram funcionários da unidade hospitalar e também estão sendo procurados pela polícia.

Rafael Guevara explicou que, como o hospital efetua, diariamente, muitos pagamentos a empresas que fornecem serviços à unidade, o crime não foi percebido de imediato pela direção da cooperativa. “Essa quadrilha atuou de duas maneiras. Primeiro no desvio de valores de pagamentos de boletos em espécie na Central de Atendimento do hospital, onde Silvia se apropriava dos valores. A unidade hospitalar iniciou uma investigação interna no setor financeiro e descobriu que o esquema era muito maior. Havia um conluio envolvendo funcionários do setor financeiro. Eles lançavam no sistema interno empresas fantasmas como prestadoras de serviço ou fornecedores e faziam transferências de quantias significativas. Os beneficiárias eram ligados a todos esses funcionários”, disse.

O titular do 12º DIP enfatizou que a evolução patrimonial de Flávio, Marineide e Diego não era compatível com os salários deles. “Flávio, quando começou a trabalhar no setor financeiro do hospital, morava em uma quitinete alugada no bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste da cidade. Depois ele comprou um apartamento em um condomínio no bairro Ponta Negra, zona Oeste, onde foi feita uma ampla reforma e esse imóvel apresenta um padrão altíssimo de luxo. Diego e Rita de Cássia também compraram e reformaram um apartamento no bairro Flores, zona Centro-Sul, considerado de alto padrão. Já Marineide e Renildo fizeram uma reforma luxuosa na casa onde moravam, no bairro Cidade Nova, zona Norte”, enfatizou.

Flávio, Marineide, Diego, Alexandro, Renildo e Rita de Cássia, que estão sendo procurados pela polícia, já estão com as prisões preventivas decretadas. O delegado solicitou, a quem souber do paradeiro dos seis procurados, entrar em contato com a equipe do 12º DIP, por meio dos números: (92) 3654-8306 ou 99962-4480. A autoridade policial garante o sigilo da identidade dos informantes. Ao término dos procedimentos cabíveis no 12º DIP, Silvia será encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), onde ficará à disposição da Justiça.

A assistente administrativa foi apresentada pela  manhã, na Delegacia Geral, na Avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste. Ao término dos procedimentos cabíveis no 12º DIP, Silvia será encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF).

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *