Especialista destaca as oportunidades de negócios pós-pandemia

A pandemia de coronavírus provocou uma série de mudanças e gerou vários desafios para as empresas, principalmente para aquelas que ainda não estavam inseridas no mercado digital. De uma hora para outras grandes adaptações precisaram ser feitas, para que os negócios continuassem funcionando. Algumas lições aprendidas nesse período serão essenciais para o momento de pós-pandemia.

A mestre e coordenadora dos cursos de gestão da Faculdade Santa Teresa, Olinda Marinho, explica que gestores e colaboradores passaram a avaliar o significado de seu real papel dentro de determinadas estruturas.

Segundo ela, a pandemia empurrou alguns negócios para cima e outros pra baixo. As empresas se viram obrigadas a buscar novas formas e meios de monetizar dentro do novo mercado, empreendendo e inovando com ideias e criações. “Uma das principais lições dessa pandemia para as empresas foi saber da necessidade de planejamento, mesmo para as contingências. Prever o que não está previsto, antever as coisas de acordo com cenários e os sinais, conhecer o passado, entender o presente, prospectar o futuro, planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar inserindo pessoas que tenham mais habilidades e competências para lidar com cenários e tendências em mutação”, frisou.

Nesse campo, ela ressalta o nível de exigência com relação aos profissionais que estarão entrando no mercado. É preciso, de acordo com a coordenadora, preparar os profissionais para as novas demandas que surgirão. “Vai se destacar no mercado aqueles profissionais que desenvolvem melhor as   habilidades, as famosas skilss, em especial as comportamentais exigidas pelo mercado estarão em alta”, afirmou.

A coordenadora reforça a importância da formação. No curso de Administração, Ciências Contábeis e Logística da Faculdade Santa Teresa, por exemplo, ela destaca que os conteúdos são atualizados constantemente, para que o estudante receba o máximo de informação, sintonizado com o cenário atual, e contando com o apoio de um time de professores capacitados, e em constante capacitação, mesmo com experiência no mercado.

Home office

Na avaliação de Olinda Marinho, algumas adaptações realizadas no período de pandemia continuarão fazendo parte da rotina das empresas. É o caso do trabalho remoto. A coordenadora diz que pesquisas em ambientes empresariais e instituições de ensino público e privado já apontam que, até o final de julho, ainda prevalece o modelo home office integral para em torno de 75% das pessoas. “Essas novas formas de trabalho, que utilizam ferramentas em plataformas virtuais, requerem o despertar de habilidades adormecidas e o desenvolvimento de novos aprendizados para todos os envolvidos. Quem não conseguir acompanhar esse ritmo enfrentará problemas”, pontuou.

Para Olinda Marinho, antes da pandemia, o trabalho remoto parecia uma realidade distante para muitos profissionais e gerava muitas dúvidas para os gestores de empresas. Agora, quando a pandemia passar, as empresas irão avaliar se será necessário o colaborador ir para o escritório todos os dias, visto que conseguiram ver na prática os benefícios do home office.

Outros pontos importantes que se destacaram durante a pandemia são: a importância das pessoas, do trabalho colaborativo, da agilidade na resolução das demandas, da gestão de crise e da inteligência emocional.

Junto com as lições da pandemia também surgem as oportunidades de novos negócios. Olinda Marinho ressalta que a parada que ocorreu na movimentação, gerou um reboot, um reinício com novas formas de entretenimento, alimentação, de consumir produtos, educação, entre outros serviços. “Em tempos de crise, crie. Essa criação pode vir de soluções, oportunidades, mudança de comportamento, novos negócios e hábitos”.

A economia compartilhada e colaborativa é uma tendência muito forte do mercado no pós-pandemia, diz ela. Olinda cita como negócios que deverão continuar em alta, as diversas formas de educação remota e híbrida, as exportações de produtos e serviços que atendam necessidades básicas, market places, e-commerces arrojados com 3D e o turismo.

O consumo colaborativo, ela explica, permite a circulação contínua de produtos e serviços entre os indivíduos através do compartilhamento, troca, negociação, aluguel, empréstimo ou doação. “Inovar em tempo de crise não é só uma máxima, é uma necessidade real”, destacou.

 

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