Entidades do setor de combustíveis buscam justificar porque reduções da gasolina nas refinarias não chegam com rapidez ao consumidor

As entidades local e nacional do setor de comercialização de combustíveis tentam explicar as razões pelas quais as reduções do preço da gasolina nas refinarias demoram a chegar às bombas e ao consumidor.

Essas entidades vêm sendo cobradas principalmente pelas pessoas que já não aguentam mais os constantes aumentos nos preços dos produtos que precisam adquirir para poder usas seus carros e para a manutenção dos veículos, o que onera os custos gerais do dia a dia.

Em Nota, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e o Sindicato do Comercio Varejista de Combustível do Amazonas (Sindicombustiveis-AM) buscaram justificar as causas da demora;

 

Nota de Esclarecimento

 

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e o Sindicato do Comercio Varejista de Combustível do Amazonas (Sindicombustiveis-AM) informam que, apesar de a Petrobras divulgar quedas de preços  da gasolina e diesel nas últimas semanas, o repasse deste menor custo não acontece na mesma velocidade e proporção nas bombas.

Isto deve-se ao funcionamento da cadeia de combustíveis, que é formada por refinarias, distribuidoras e postos. Pelas regras atuais, os postos não podem comprar gasolina e diesel direto das refinarias, compram apenas das companhias distribuidoras, que são responsáveis por toda a logística do abastecimento nacional em todos os estados brasileiros. As refinarias comercializam a gasolina A (sem etanol anidro) e o diesel A (sem biodiesel) para as distribuidoras. Nas bases da distribuição são adicionados 27% de etanol anidro e 10% de biodiesel, que após a mistura tornam-se gasolina C e diesel C, que são vendidos e distribuídos para os postos por meio rodoviário via caminhões-tanques. Como os postos de combustíveis não podem comprar das refinarias, eles só conseguem diminuir os preços quando as companhias distribuidoras eventualmente os reduzem.  Os preços da revenda estão ligados diretamente aos preços das companhias distribuidoras, ou seja, se elas reduzirem, os postos, consequentemente, também repassam a redução.

Os valores praticados pela Petrobras são aproximadamente um terço do preço pago pelo consumidor nos postos. Considera-se também os custos dos biocombustíveis, impostos, fretes e margens.

De 25 de setembro a 7 de novembro, os preços da gasolina A comercializada nas refinarias Petrobras caíram 23,8%. Já os custos do etanol anidro, considerando de  21 de setembro a 1 de novembro subiram 5,7%.

No caso do diesel, a redução média foi de R$ 0, 24 o litro nas  refinarias Petrobras. Já o biodiesel, em virtude do último leilão promovido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), aumentou entre R$ 0,03 e R$ 0,04 o litro. A Fecombustíveis ressalta que, até o momento, as quedas do diesel não foram repassadas integralmente pelas distribuidoras.

No âmbito dos impostos, há ainda o impacto decorrente do preço de pauta para cobrança do ICMS. O Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) serve de referência para que seja cobrada a alíquota de ICMS pelos estados, que pode ou não ser alterada a cada 15 dias. Da segunda quinzena de setembro à primeira quinzena de novembro, apenas Bahia, Mato Grosso do Sul e Pará não revisaram os preços de pauta do ICMS da gasolina. Do lado oposto, Ceará, Rio Grande do Sul  e São Paulo foram os estados que mais subiram os valores, com R$ 0,43, R$ 0,30 e R$ 0,28, respectivamente.

Vale destacar que os preços dos combustíveis são livres em todos os segmentos. A Fecombustíveis e o Sindicombustiveis-AM não interferem no mercado. Cabe a cada posto revendedor decidir se irá repassar ou não as quedas ao consumidor, de acordo com suas estruturas de custo.

A Fecombustíveis e o Sindicombustiveis-AM zelam pela livre concorrência e pela livre iniciativa, em defesa de um Brasil melhor para todos.

2 comentários para “Entidades do setor de combustíveis buscam justificar porque reduções da gasolina nas refinarias não chegam com rapidez ao consumidor

  1. Emerson Regis disse:

    Uma parte da justificativa pode até ser verdade. mas a que ‘fala’ que os postos praticam a livre concorrência é uma tremenda mentira! Mais uma vez essas instituições tratam os consumidores como imbecis e desafiam as autoridades. Há cartel de forma descarada e ninguém faz nada. É vergonhoso. Outra coisa: quando há aumento nos preços, logo estes chegam até os consumidores, coisa que não se vê quando há redução. Mais uma vez vergonhoso!

  2. Eduardo Martins disse:

    Hipócritas!!! Justificam que a queda nos preços demora, mas por que quando anunciam o aumento de manhã, à noite já está nas bombas? Alguém teria de dar um freio nesses empresários usurários!
    Pelo fim do monopólio! Sou muito a favor da privatização da Petrobrás. Essa empresa fatura dezenas de bilhões em valores líquidos e o povo que se exploda!!! Privatizando essa estatal de lixo e abrindo livre comércio, teríamos uma gasolina melhor que essa podre que usamos e preços com certeza bem menores que os praticados pelo lixo estatal chamado Petrobrás.

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