Encontro discute perspectivas de avanços ao longo dos 10 anos de vigência do Plano Nacional de Educação

Com palestra do secretário de educação básica do Ministério da Educação (MEC), Rossieli Soares da Silva, entre outras autoridades da área de Educação, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) finalizou, na manhã desta quinta-feira (27), no auditório da corte de Contas, o “Seminário PNE: Plano Nacional de Educação”.

Coordenado pela Escola de Contas Públicas (ECP), o encontro envolveu 530 participantes em dois dias de seminário, entre docentes, secretários municipais e de Estado de educação, professores e estudantes, que discutiram – de forma inédita -, planos, metas e perspectivas para o Plano Nacional de Educação (PNE).

O seminário foi dividido em sete painéis e duas mesas redondas, cada um com uma hora de duração. O secretário de educação básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, tratou sobre as exigências do PNE e as realidades atuais dos níveis educacionais das regiões brasileiras, assim como as perspectivas de avanços ao longo dos 10 anos de vigência do plano até 2024.

Válido como horas complementares, o seminário teve o apoio do colegiado do TCE e do Ministério Público de Contas (MPC), além de parcerias da Controladoria Geral da União (CGU), do Ministério da Educação (MEC), do Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), do Ministério Público Federal (MPF), da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc), da Secretaria Municipal de Educação (Semed), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação no Amazonas (Undime).

Primeiro dia de evento

No encontro, Rossieli Soares ressaltou a importância do comprometimento de todos os colaboradores da Educação em cumprir as metas do plano estabelecidas para os estados e municípios, entre elas a de diminuir a evasão escolar no Ensino Médio. “As estratégias contidas no PNE fornecem métodos para corrigirmos problemas como o alto índice de abandono escolar no Ensino Médio”, comentou o secretário do MEC, que completou, ao dizer que ao Ensino Médio não deve ser um curso pré-vestibular, mas sim o processo finalizador da formação de um indivíduo.

“Ao acabarmos com o abandono escolar, teríamos o acréscimo de mais de R$ 5 bilhões aos cofres públicos”, disse o secretário.

Também participaram do primeiro dia de Seminário, a diretora de apoio às redes de educação do Ministério da Educação, professora Renilda Peres de Lima; o presidente da Undime e secretário de Educação do município de Tonantins, professor Edelson Penaforth Pinto; a subsecretária municipal de Educação de gestão educacional da Semed, professora-mestre Euzeni Araújo Trajano; além da secretária executiva da Seduc, Darcilia Dias Penha.

Entre os temas ministrados nas palestras estavam “Políticas e programas para garantir o direito à educação à luz do PNE”; “Diretrizes, metas e estratégias necessárias para uma educação de qualidade nos municípios do interior do Amazonas”; “Dificuldades e avanços na execução do PNE e PEE sob a ótica da Seduc/AM”; e “Dificuldades e Avanços na Execução do PNE e PME sob a ótica da Semed”.

Segundo dia de evento

Entre os painéis realizados no segundo dia de evento, a diretora de cooperação e planos de educação da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase), professora-doutora Wânia Clemente de Castro, e o assistente da diretora da Sase, professor Jhonata Moreira Pereira, palestraram sobre o acompanhamento, monitoramento e avaliação do PNE.

Segundo Wânia de Castro, cada município deve estabelecer os seus planos de educação com base em suas realidades locais, em consonância com o PNE. “É fundamental que percebamos a nossa realidade educacional, adequando o cumprimento das metas. Não adianta estabelecer metas que são impossíveis de cumprir, portanto, cada município deve estar comprometido com a sua realidade”, comentou a diretora. “Só avançaremos nacionalmente se cada município avançar localmente”, completou.

O assistente da diretora, Jhonata Pereira, enfatizou o papel pedagógico do Tribunal de Contas do Amazonas. “O TCE colabora como um grande colaborador da Educação, pois age com teor pedagógico e não apenas punitivo, buscando ensinar, por meio de diversos cursos, palestras e oficinas, para incentivar o acerto e prevenir o erro”, disse.

Também participaram do segundo dia de Seminário o coordenador do Fórum Estadual de Educação do Amazonas, professor José Luiz Braga Melgueiro; a secretária de controle externo do Tribunal de Contas da União, professora Lúcia Ribeiro Magalhães; a procuradora do Ministério Público Federal, professora Bruna Menezes Gomes da Silva; e o procurador do Ministério Público de Contas, Rui Marcelo de Mendonça.

Outros temas ministrados no segundo dia do Seminário foram “Políticas e programas para garantir o direito à educação”; “Monitoramento do PNE à luz do Tribunal de Contas da União”; e “Monitoramento do PNE à luz do Ministério Público Federal”.

O PNE

O Plano Nacional de Educação (PNE) determina os critérios, metas e estratégias para a política educacional até 2024. Uma das metas é a garantia do direito a educação básica com qualidade, garantindo o acesso, à universalização do ensino obrigatório e ampliação das oportunidades educacionais. O PNE também traz projetos para reduzir as desigualdades e valorização dos profissionais da educação e ensino superior.

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