Fabricante de peças de veículos, empresa japonesa inova e investe em agricultura no PIM

Com a produção tradicional plenamente estabelecida, um desafio aceito pela empresa foi diversificar sua produção e desenvolver técnicas que permitissem a cultura de tomate em uma região climaticamente desfavorável para este tipo de produto.

– (foto: Divulgação/Denso) – Tradicional fabricante de partes e peças para veículos automotores, sejam eles de duas ou quatro rodas, a empresa japonesa Denso agora está inovando em sua planta fabril instalada na Zona Franca de Manaus (ZFM) e está investindo no segmento agrícola, com experimentos para a produção de tomate. A iniciativa foi demonstrada para a comitiva da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) que esteve na Denso na sexta-feira (23).

Na oportunidade, estavam presentes o diretor-presidente da Denso da Amazônia, Satoshi Hamaguchi, o diretor Roberto Kurosawa e o gerente de controladoria, Sérgio Nakazawa, além de outros membros da diretoria. Já a comitiva da Suframa e do CBA era composta pelo superintendente Algacir Polsin, o superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional, Manoel Amaral, o gestor do CBA, Fábio Calderaro, técnicos da Autarquia e uma pesquisadora do CBA.

No Polo Industrial de Manaus (PIM), a empresa nasceu como uma das componentistas da Moto Honda, em 1982. Doze anos depois, a Denso expandiu suas atividades e passou a contar com uma planta própria na região, com 11 mil m² de área construída, o que possibilitou atender a demandas de outras empresas que atuam localmente e, também, internacionalmente, casos da própria Honda, da Yamaha e da Toyota.

Com a produção tradicional plenamente estabelecida, um desafio aceito pela Denso foi diversificar sua produção e desenvolver técnicas que permitissem a cultura de tomate em uma região climaticamente desfavorável para este tipo de produto, devido às altas temperaturas e as mudanças nos níveis de umidade do ar, o que prejudicam a qualidade do tomate. “A ideia surgiu porque nossos antepassados japoneses que vieram ao Brasil pensavam em desenvolver a agricultura aqui, e eles tiveram bastante dificuldade no Norte do País devido ao clima da região. Então pensamos que podíamos usar a tecnologia atual para buscar avançar em culturas agrícolas mesmo diante das adversidades e temos conseguido bons resultados”, afirmou Sérgio Nakazawa.

O titular da Suframa afirmou que a iniciativa é excelente e disse que “os avanços neste segmento agrícola possivelmente devem fazer parte do futuro das atividades da Denso na Zona Franca de Manaus”. Polsin colocou o Centro de Biotecnologia da Amazônia à disposição para colaborar no que for possível para melhor desenvolver soluções que gerem ganhos de produtividade e qualidade neste novo segmento vislumbrado pela Denso.

A empresa
Mundialmente, a Denso conta com 212 unidades fabris, sendo na Ásia sua principal representatividade. Na América do Sul, a empresa está presente com sete plantas fabris, sendo seis no Brasil e uma na Argentina. Na Zona Franca de Manaus, sua atuação está voltada à produção de peças de extrema importância para as indústrias de duas e quatro rodas, com destaque para a ECU (Engine Electronic Control Unit, ou Unidade de Controle de Motor), item responsável pelo controle de boa parte das funções de carros e motocicletas.

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