Vai ter feminismo, sim. A Rio-2016 vem mostrando, desde a cerimônia de abertura, que as mulheres vieram não só para conquistar medalhas, mas também para deixar marcas sociais nesta olimpíada. Se o evento começou com Anitta dando de ombros às críticas pelo incômodo com o seu sucesso, a judoca Majlinda Kelmendi mostrou o melhor do espírito olímpico ao conquistar uma histórica e inédita medalha de ouro para seu país, o Kosovo.

Anitta chamou atenção nas redes ao dizer a William Waack, ao vivo após apresentação na abertura, que cresceu ouvindo Caetano Veloso e Gilberto Gil, destruindo qualquer possível estereótipo envolvendo o ritmo que a consagrou, o funk.
Já a judoca Majlinda Kelmendi venceu o ouro na categoria até 52 kg e fez história no esporte do Kosovo ao conquistar a medalha olímpica do país.


A pequena MC Soffia e Karol Conka cantaram o empoderamento da mulher diante de bilhões de pessoas em todo o mundo.

Gisele Bündchen, que desfilou ao som de Garota de Ipanema, arrancou elogios até da própria garota de Ipanema, Helô Pinheiro.

A transexual Lea T., por sua vez, mostrou a que veio ao abrir o desfile da delegação brasileira, também na abertura dos Jogos, e literalmente representou um grupo que, há tempos, vem pedindo voz e espaço na sociedade, enquanto briga contra preconceitos.

Os olhos do mundo se voltaram para o marido e técnico da nadadora Katinka Hosszu, de 27 anos, que conquistou a medalha de ouro nos 400 m medley na Rio-2016. A atleta não só bateu recorde mundial, como também mostrou que lugar de mulher é onde ela quiser estar. No caso, no topo. A propósito, vamos mostrar o rosto dessa mulher poderosa, em todos os sentidos:
Nas ruas, em bares e restaurantes, homens e mulheres se renderam à grandeza das ginastas brasileiras, em especial a Flávia Saraiva e Rebeca Andrade — que costuma se apresentar ao som de Beyoncé, ícone pop e do empoderamento da mulher negra. O esporte caiu de vez nas graças do público nos últimos anos, frutos também de esforços de atletas como Daiane dos Santos e Daniele Hypólito.


Em dia de jogo da seleção brasileira de futebol masculino, da torcida que foi ao estádio, neste domingo, só se ouviu “Marta”. O nome da camisa 10 do time feminino do Brasil ecoou, mostrando que garra e talento no futebol independem do gênero. E… vamos combinar? As meninas estão dando de 7 a 1 nos meninos em campo.
