Dos 63 bairros de Manaus, apenas a Cidade Nova tem alta vulnerabilidade para transmissão de doenças pelo Aedes Aegypti e outros 26 apresentam média vulnerabilidade.

No levantamento realizado no mesmo período de 2015, Manaus tinha 22 bairros com alta vulnerabilidade de risco de transmissão. No primeiro levantamento realizado este ano, feito em janeiro, o número de bairros baixou para 17 e agora resta apenas a Cidade Nova.

Pelos cálculos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), nos últimos oito meses de 2016, houve uma diminuição de 95,4% no número de bairros com alta vulnerabilidade de transmissão de doenças pelo Aedes aegypti.

A gerente de vigilância ambiental da Semsa, Aline de Paula Rodrigues, atribui os bons resultados ao trabalho permanente dos agentes de vigilância e à participação efetiva da população nas medidas de combate ao Aedes aegypti.

O levantamento Lira, divulgado pela Semsa na última sexta-feira (30), foi realizado entre 15 de agosto e 02 de setembro, período em que 300 profissionais da secretaria visitaram 29.619 mil imóveis em todos os bairros da capital.

Os depósitos que mais contribuíram para a proliferação do mosquito, neste segundo semestre, foram os recipientes de armazenamento de água para consumo em nível de solo, como tambor, tonel, camburão, barril e tina (depósitos do tipo A2), que somaram 52,5% do total.  Lixo, recipientes, garrafas, latas, ferro velho (depósitos tipo D-2), representaram 19,1%, sendo que em janeiro haviam totalizado 28,2%.

Os resultados do Lira serviram de base para a elaboração de um Mapa de Vulnerabilidade, onde foram considerados outros indicadores, como bairros com notificações das doenças causadas pelo Aedes aegypti no período de julho e agosto de 2016, e a presença de mais de 30% de depósitos dos tipos A2 e D2 nos imóveis.

A partir desta segunda-feira (03), a Semsa vai concentrar o trabalho de combate ao vetor do Aedes aegypti nos bairros de Alta e Média Vulnerabilidade, simultaneamente.