Efeito Trump: eleição do magnata tem impactos em curto prazo, mas não deve impactar comércio exterior, diz economista

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O magnata republicano Donald Trump, de 70 anos, foi eleito presidente dos Estados Unidos, na madrugada de quarta-feira (9), depois de vencer a democrata Hillary Clinton, contradizendo as expectativas do mercado internacional. Após o anúncio, o dólar chegou a operar em forte alta e subir mais de 2 % no Brasil. Além disso, a Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa, abriu os negócios em com queda de mais de 3 %. Isso mostra que a eleição do magnata pode impactar diretamente os rumos da economia brasileira. Para Celina Ramalho que é conselheira do Conselho Federal de Economia (Confecon), essa agitação no mercado já era esperada, independentemente de quem fosse o candidato eleito. Apesar disso, ela espera que essa tendência seja amenizada, nos próximos dias.

“Esta tendência deve se amenizar nos próximos dias e, por tanto, a bolsa de valores brasileira deve voltar a tomar uma tendência altista e o dólar tende a baixar, pelo menos nesses próximos dias. A não ser que a política monetária dos Estados Unidos coloque os juros mais altos no país, aí sim, vai desvalorizar o real em relação ao dólar e o dólar deve ficar um pouco mais caro, se isso acontecer”.

Na avaliação da economista Celina Ramalho, a eleição de Trump para a presidência dos Estados Unidos não deve ter um impacto em longo prazo na economia brasileira, principalmente em relação ao comércio exterior. Mesmo que, em 2015, Trump tenha citado o Brasil ao falar de países que, segundo ele, tiram vantagem dos Estados Unidos através de práticas comerciais que ele considera injustas. Para Celina Ramalho, as relações de comércio mais importantes do Brasil, atualmente, são feitas com a China. 

“Eu entendo que, para a economia brasileira, não haja um impacto mais significativo, ainda que, dentre as frases do Donald Trump, uma delas foi que o ‘brasileiros roubam os empregos dos americanos’. De minha parte eu entendo que a intensificação do comércio exterior brasileiro não é mais com os Estados Unidos, é com a China, desde o estouro da bolha imobiliária, quando nós tivemos uma restrição comercial de efeito e de prejuízo da bolha imobiliária”.

De acordo com a economista Celina Ramalho, Donald Trump vai ter que se atentar às tendências da economia global para não decepcionar os eleitores e ter uma postura que atenda aos anseios da sociedade.

 

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