Duzentos metros de terras somem no rio, ‘como por encanto’, na frente de agricultores de Iranduba

01/03/ 13 – Aproximadamente 200 metros de terras desapareceram ‘como por encanto’,  na manhã desta sexta-feira (01/03), nas águas barrentas do Rio Solimões, assustando os moradores de várias comunidades da Ilha da Marchantaria, nas proximidades de Iranduba, município da região metropolitana de manaus.

“Meu filho ‘tava’ roçando o mato e viu tudo. Quando ele veio beber água, contou para o pai dele. Quando nós olhamos, só o ‘limpão’. As árvores estavam arriando. Às vezes, a gente vai falar e as pessoas não acreditam, mas olhando, assim,  chega dá arrepio na gente!”

De acordo com a agricultora e presidente de uma das comunidades, dona Graça Pacheco, além de assustar, o fenômeno, que levou várias árvores e a plantação agrícolas junto, para o fundo do rio, já ameaça várias residências.

“Eram quase 250 metros que tinham da casa da minha vizinha p’ra frente, e, agora, tá entrando p’ro meu terreno, também.”

Dona Graça Pacheco aproveitou para fazer um apelo às autoridades pela segurança das populações próximas a Manaus, constantemente ameaçadas pelo banzeiro das grandes lanchas e pelos chamados ‘barrigas d’água’, bandidos que atacam barcos e comunidades ribeirinhas.

“Nós vendemos verdura em barcos pequenos e precisamos passar pelo ‘furo’ do Paracuúba. As lanchas grandes que passam por lá não têm nenhum respeito pela gente e não param e ‘só faltam’ alagar a gente. Eles não têm essa consciência. Queremos providências da Capitania dos Portos. E outra coisa: os ‘barrigas d’água’ estão atacando o tempo todo. Quando os pescadores estão levando peixe para vender na feira, eles atacam. Jogas pessoas na água e levam bote, rabeta, motor de popa, tudo o que podem, prejudicando a gente. Pedimos que o governador mande tomar alguma providência, Nós aqui do Baixio, Paracuúba, Catalão e Xiborena ‘tamos’ sem segurança!”

De acordo com dona Graça Pacheco, o fenômeno das terras caídas, muito comum nos rios do amazonas, já expulsou centenas de famílias de agricultores das localidades próximas.

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