Doutora em educação aborda o papel do professor em conflitos na sala de aula

Estar atento à interação entre os alunos, mudança de comportamento e rendimento escolar estão entre as principais dicas da doutora em educação, Maria do Socorro Gomes, para os educadores e pais identificarem que algo não vai bem com a criança e o adolescente.

“Muitos pais não acompanham a rotina escolar dos filhos, não sentam com eles para ajudar no dever de casa, não sabem como foi o dia do filho e é essa falta de socialização que causa a maior parte dos conflitos na sala de aula”, explica a especialista, que ministrou recentemente a Oficina de Gestão de Conflitos, promovida pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe-AM).

O resultado disso pode levar a comportamentos agressivos, intolerantes, apáticos e de baixa autoestima, que geram conflitos no ambiente escolar e pedem a mediação de professores, orientadores e coordenadores, que precisam resolver brigas entre colegas, casos de bullying e desacertos por meio de ações que ajudam a trabalhar as habilidades socioemocionais dos alunos.

Mas para isso, Maria do Socorro explica que é necessário que o educador também desenvolva inteligência emocional, para que consiga agir com calma, estimular o diálogo e incentivar a empatia.

“Para exercitar a empatia entre os alunos, o professor deve sugerir que um se coloque no lugar do outro por alguns instantes. Ajudar a perceberem como se sentem, trocando de posição. Isso faz com que eles analisem a questão por outro ponto de vista”, indica Maria do Socorro.

Para ela, a construção da relação de confiança entre professor e aluno contribui para que a vítima tenha alguém a quem recorrer.

“Na maioria das vezes, o estudante está passando em um momento delicado com a família ou algum problema pessoal grave. Somente o diálogo pode mostrar as melhores ações a serem tomadas, porque ele permite entender o que acontece de forma ampla e humanitária”, concluiu a especialista.

Com informações da assessoria

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