Domingo de Ramos, a missa e a simbologia das folhas de palmeira

A Missa de Ramos marca a abertura dessa semana que é dedicada em contemplar o sacrifício de Jesus, reconhecendo-o como Salvador. Pode-se dizer que essa celebração do primeiro dia da Semana Santa instaura o sentimento que será vivido ao longo dos próximos dias e prepara os corações para a Sexta-Feira da Paixão de Jesus, na espera de que Jesus ressuscitará. No entanto, o Domingo de Ramos de 2020 será diferente, por causa da pandemia do Covi-19. Sendo assim, a CNBB pediu aos católicos que coloquem os ramos nas portas de sua casa.

No primeiro dia da Semana Santa, época mais solene para a Igreja Católica, é tradição se deparar, logo pela manhã, com o verde das folhas de palmeiras e o coro das vozes que entonam “Hosana hei hosana há” em caminhada pelas ruas. Isso, porque é Domingo de Ramos, celebração que marca o início de uma série de ritos que reproduzem acontecimentos importantes da vida de Jesus, ao longo da Semana da Paixão de Cristo.

No Domingo de Ramos, se recorda a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, em que o povo o reconhece como verdadeiro salvador e rei. A passagem é contada em quatro evangelhos da bíblia, podendo ser lida em Mateus, Lucas, Marcos e João. Narra-se que ao chegar na cidade, Jesus foi recebido em grande festa e aclamado pela multidão, que erguia ramos de palmeira como um gesto de saudação ao filho de Deus.

Os ramos, que dão nome a essa data, eram uma espécie de presente para Jesus, geralmente dado por pessoas humildes. Enquanto Nosso Senhor atravessava o espaço repleto de fiéis encima de um jumento, todos ali levantavam no ar folhas verdes em clima de festa. Quando Jesus se aproximava, os ramos eram depositados no chão, em verdadeira adoração ao filho de Deus que ali passava.

Por esse motivo, a Igreja Católica Apostólica Romana começa a celebração da Missa de Ramos nas ruas. As pessoas também trazem folhas de palmeiras e, assim, seguem juntas com o sacerdote e toda a comunidade, em procissão para a igreja. A caminhada é marcada por terços, orações e hinos, sendo muito famoso cantar o “Hosana”, devido a passagem da bíblia. Na ocasião, os ramos são abençoados, aspergidos com água benta e podem ser levados para casa após o fim da celebração.

No entanto, vale ressaltar que o clima de festa é presente apenas durante a procissão da celebração. Já dentro da igreja, a liturgia concede abertura para a passagem que narra a paixão de Cristo que será recordada novamente nas celebrações do Tríduo Pascal. Nesse dia o evangelho é lido por mais de uma pessoa, contendo narrador central e outros secundários que reproduzem as vozes dos personagens. É de costume que as falas de Jesus sejam lidas pelo sacerdote que preside a missa.

A simbologia das folhas de palmeira

Os ramos utilizados no primeiro dia da Semana Santa possuem um significado ligado às passagens bíblicas mencionadas. As folhas de palmeiras são as mais utilizadas nessa celebração e simbolizam a humildade e proteção de Deus para com seus filhos. Além disso, os ramos de oliveira são um sinal por excelência da renovação da fé em Deus. Eles são creditados como sendo um símbolo da vida e ressurreição de Jesus Cristo.

Por esse motivo, é costume que, após a missa, os fiéis levem seus ramos para casa e os pendurem em algum lugar visível, como sinal de que, naquele lar, habita uma família que considera Jesus o rei e salvador. Ademais, muitas pessoas consideram os ramos símbolos de proteção para a casa. Na época da quaresma, aconselha-se devolvê-los à igreja para serem queimados para a missa de cinzas e, em cada Domingo de Ramos, renovar os ramos.

 

Texto adaptado do site: https://catequistasbrasil.com.br

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